Asfalto Irati - São Mateus do Sul : Reflexos da pavimentação da PR 364 na circulação

De longa data vem se debatendo e ocorrendo reivindicações para tratar da pavimentação asfáltica entre Irati e São Mateus.

Diversas audiências públicas visaram a apresentar e discutir a questão da pavimentação da PR 364, mais precisamente, do trecho de aproximadamente 47 km entre São Mateus do Sul e Irati. (Essa ordem das cidades se deve porque a contagem quilométrica da rodovia se inicia pelo sentido norte – sul).

A discussão é complexa, indo além da questão burocrática e política e do que revelam os fatores técnicos. Poderão haver impactos não só ambientais, mas também econômicos, sociais, demográficos, culturais, etc. que afetarão direta ou indiretamente o modo de vida não só da população estabelecida nas adjacências do trecho, mas dos
municípios circunvizinhos, influenciando possivelmente a circulação (tanto material quanto intangível - como econômica, informacional, cultural) tanto em escalas pontuais quanto de maior abrangência. Além disso, tal mudança no sistema de circulação poderá afetar, inclusive, a definição de outras políticas e obras públicas e a valorização seletiva do espaço.

Caracterizando o objeto da discussão, resumidamente a Rodovia PR-364 é uma estrada pertencente ao (governo do) estado do Paraná que liga as cidades de São Mateus do Sul (próxima à divisa com o Estado de Santa Catarina) e Guaíra (próxima à divisa com o Estado do Mato Grosso do Sul e com o Paraguai). Recebe diferentes denominações, conforme a localidade por onde passa, como por exemplo, Rodovia João Rocha Ribeiro, Rodovia Luiz Douglas Araujo

Como fiscalizar os pequenos e numerosos danos ambientais ? A sugestão do controle social ambiental

Constantemente vemos na mídia, especialmente nos telejornais de nível nacional, matérias evidenciando grandes desmatamentos ou danos ambientais. Vemos a destruição ocasionada pelo manejo inadequado da pecuária, por práticas agrícolas incorretas ou simplesmente para utilizar a madeira ou liberar espaço para o gado ou para a produção agroexportadora.

https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/12/21/p
f-faz-a-maior-apreensao-de-madeira-irregular-do-pais.ghtm
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Sem mencionar as atividades ilegais que deliberadamente causam danos ao meio ambiente com o fito de lucro individual, como é o caso do garimpo, das queimadas, dos desmatamentos em áreas de preservação, etc.

É certo também que vemos apreensões bilionárias de madeira, destruição de equipamentos,  multas e até prisões. Os órgãos de fiscalização fazem seu papel de forma  brilhante se levarmos em conta a dimensão continental do país e a falta de estrutura e pessoal que a maioria dos órgãos fiscalizadores enfrentam. Sem contar as artimanhas que os poderosos utilizam para driblar a fiscalização.

Porém, não colocamos em

Preservação ambiental, Lazer e Reestruturação Espacial: as possibilidades do Mourão, em Rebouças PR

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL, LAZER E REESTRUTURAÇÃO ESPACIAL: AS POSSIBILIDADES DO MORRO MOURÃO, EM REBOUÇAS - PARANÁ













A ideia aqui contida neste esboço se baseia no apelo social, nas políticas governamentais e de diversos organismos preocupados com a preservação do meio ambiente, pautados em estudos que comprovam a necessidade da preservação ambiental para a subsistência de diversas espécies e para a manutenção da qualidade de vida das pessoas em geral.

Soma-se a isso, o fato de que locais que estimulem a preservação ambiental, além de poderem ser atrativos e fontes de lazer e aprendizado, estimulam, nas gerações mais novas, a necessidade de preservação e de uso racional dos recursos naturais, fonte de tudo que necessitamos e utilizamos. Além disso, a questão está intimamente relacionada com a dinâmica do espaço urbano. 

A preservação de determinadas áreas impede

A sustentabilidade nos prédios públicos: o exemplo do Centro Cultural Denise Stoklos

Nunca se explorou tanto os recursos naturais como na atualidade, afinal, as cidades (centros de consumo) se expandiram, a população, que em 1925 não chegava a 2 bilhões, em 50 anos dobrou, e agora, no século XXI, ultrapassa os 7 bilhões.

No Brasil, a população também teve um crescimento significativo, passando de menos de 10 milhões para mais de 200 milhões em um período inferior a 150 anos. População esta, que a partir de meados do século XX, deixou de ser predominantemente rural.


Figura 01- Crescimento populacional do Brasil de 1872 (primeiro Censo) até 2016 em milhões de habitantes
Fonte: Fernandes e Israel (2016)


Além disso, com as inovações tecnológicas e com as mudanças socioeconômicas e culturais, esta população tem um poder de consumo cada vez maior. Poder de consumo que caminha paralelamente com seu poder de exploração e destruição do meio ambiente.

Atualmente, máquinas modernas exploram a natureza e transformam em um dia o que se levava anos para ser alterado, não dando tempo do ambiente se recompor. Basta comparar a alteração provocada por uma enxada ou machado com a devastação (ou produção) realizada por um grande trator !

Soma-se ainda a ocupação desordenada das