Não há o que se discutir ou discorrer. O fato é que a vida
mudou vertiginosamente nos últimos anos, e cada vez mais, as mudanças são
intensas e rápidas. Em outras palavras, ocorrem de forma exponencial.
E
uma das raízes de tudo isso é a tecnologia. Ela altera as relações sociais, os
hábitos de vida, a saúde (e a medicina), os hábitos de consumo, reduz preços ao
ampliar a produtividade (e a exploração e o controle do trabalhador), e como
não poderia ser diferente, impacta nas relações humanas e trabalhistas.
As relações empregatícias conhecidas por nós, nascidos nos
anos de 1980 ou talvez até 1990, não subsistem mais. E estas mudanças e esta “flexibilização”
(precarização ou uberização) tendem a
se aprofundar. Empregos e profissões deixarão de existir, embora outras
atividades surgirão; porém, a forma de realizá-las será diferente.
O
saber operacional e até mesmo o saber técnico vêm perdendo campo enquanto as
habilidades humanas, chamadas de softskills,
vêm ampliando ou retomando sua importância. Não se pode pensar, porém, que esta
mudança de paradigma tem como plano de fundo a maior valorização do ser humano,
ou um mero efeito da aplicação do conhecimento tecnológico, mas visa, ainda, a
ampliação da reprodução do capital e de suas relações que permeiam todos os
campos sociais.
Se
por um lado, o “pôr a mão na massa” vem sendo substituído por máquinas, robôs,
sistemas de inteligência artificial, algumas habilidades e competências retomam
seu destaque. Liderança, comunicação, resolutividade, criatividade, iniciativa,
inteligência emocional e aprendizado constante são cada vez mais necessárias.
Diversos
livros, artigos em revistas, vídeos na internet trazem algumas destas
habilidades indispensáveis não só para se