A
vida em sociedade é uma eterna construção e reconstrução. E reconstruir implica em destruir o que outrora fora erguido, como crenças, valores, hábitos,
saberes, pois a sociedade historicamente muda, e com ela, a cultura, as
necessidades, o modo de ser. O ser humano está em constante mudança e mudando o espaço a sua volta. Devir !!
E podemos resumir grossamente a sociedade como nada mais do que o conjunto adaptativo, reativo e proativo de pessoas. Mas não se configura como
a soma dos fragmentos individuais. Tampouco, o indivíduo é um mero fragmento daquilo que
é o tecido social.
Indivíduo
e sociedade se constroem dialeticamente. Um constrói e reconstrói o outro. E
como temos indivíduos e grupos complexos, podemos dizer que temos uma sociedade
heterogênea, até mais que isso, temos sociedades (no plural), com camadas ou grupos, muitas vezes antagônicos. E o antagonismo
não significa que uns estão certos e outros errados, mas apenas que enxergam a
realidade sob prismas diferentes. Cada um tem sua própria realidade.
E neste paradoxo complexo de inter-relações, estão as relações, talvez mais fundamentais, mais simples e mais complexas: as relações com aqueles que estão próximos a nós, que além das divergências culturais, históricas, pessoais, educacionais, repousa ainda a carga emocional e afetiva que permeiam estas relações.
São as relações na comunidade, na vizinhança, no ambiente de trabalho,
com os amigos e familiares, com cônjuges, etc.
Neste contexto, é normal e socialmente esperado que