Direitos e deveres, jeitinho e individualismo.

A sociedade tem uma série de direitos material e formalmente garantidos, seja pela atuação do Estado quanto pelas leis que obrigam até mesmo aos particulares a oferecer certos benefícios à população.

Entre os direitos assegurados pelo Estado, podemos citar a educação, a saúde, a segurança pública, a assistência social, entre tantos outros citados na Constituição. Embora nem todos estejam disponíveis quantitativa ou qualitativamente de forma universal, dado o limite imposto pelo princípio do “financeiramente possível”, a população enfatiza que paga impostos e que, portanto, tudo lhes é devido conforme suas conveniências individuais.

Às vezes, as exigências em voga no discurso social são muito maiores do que aquelas que o cidadão cobra quando paga, e caro, por um serviço na iniciativa privada e se conforma com um atendimento de qualidade duvidosa. Isto comprova que reclamar do que é público é muito mais um traço da cultura social, uma espécie de mania, do que resultado de uma análise imparcial e objetiva do serviço oferecido. Reclama-se porque o cidadão subentende que tem direitos: de ser tratado de forma especial, conforme suas conveniências ; reclama porque tem o direito de reclamar !

Há, porém, que se destacar que nesta relação comparativa entre público e privado, antes de qualquer análise, é preciso entender que estas duas dimensões são