O equilíbrio dinâmico como caminho do meio

Está na Bíblia: “assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca”. Apocalipse, 3:16.

Ou seja, trata-se de uma máxima, cuja uma das possíveis interpretações permite inferir que devemos nos posicionar, sair de cima do muro, agir, tomar partido. Porém, podemos ser bons ou maus, tomar partido pelo lado da ética, da responsabilidade, do respeito, da caridade e dos demais valores socialmente valorizados, ou ao contrário, podemos nos posicionar pelo lado do egoísmo, do benefício próprio a qualquer custo, da esperteza, podemos ser maus.

Será que religiosamente falando (e a religião reflete valores morais e sociais, e vice-versa), ser bom ou ser mau (quente ou frio) tem o mesmo peso qualitativo? Tomar uma posição extremista seria mais valorosa que buscar a conciliação, a razoabilidade, o meio termo morno?

Sidarta, o Buda, traz este ensinamento. Para ele, o controle exorbitante e excessivo é tão ruim e ineficaz em termos espirituais quanto a excessiva licenciosidade.

Não é o objetivo fazer uma interpretação religiosa de um versículo bíblico, o qual demanda profundos estudos contextuais, históricos, teológicos, linguísticos, semânticos, etc. Mas usar esta frase como ponto de partida para (clique para continuar)