É interessante como existe um relativismo nas ações
que envolvem interesses políticos, ou mesmo nas ações que embora não sejam
diretamente relacionadas com a política, são, em maior ou menor
grau, influenciadas ou cooptadas pelas questões político-partidárias.
Um exemplo nítido é a greve dos trabalhadores da
educação e a paralisação dos caminhoneiros (alguns querem classificar como lock out, desprezando as dificuldades dos caminhoneiros e vendo a paralisação como um mero movimento das grandes transportadoras... ). É curioso como os mesmos políticos
que apoiam e divulgam um dos movimentos, acompanham passeatas, discursam ressaltando a importância e defendendo
a bandeira de luta dos manifestantes, parecem não ter tanta empolgação para
apoiar a causa do outro movimento. Embora ambos façam reivindicações importantes e sejam amplamente apoiados por toda a sociedade, a qual os políticos, teoricamente, representam.
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Podemos analisar, por exemplo, se isso deriva do
fato de que alguns protestos trazem mais prejuízos sociais que outros,
portanto, haveria certa coerência na atitude dos políticos em apoiar mais um
dos movimentos em detrimento do outro. Afinal, nenhum político, que tanto valoriza a imagem, irá apoiar algo prejudicial ao povo que ele defende !
Mas da mesma forma que o protesto dos caminhoneiros
provoca, por exemplo, uma crise de abastecimento (só a falta de combustível traz uma série de
conseqüências para as atividades sócio-econômicas que dispensa aprofundar os exemplos), atrasos em entregas,
podendo prejudicar o direito de ir e vir daqueles que membros da categoria que
não estão dispostos a parar, a greve dos professores também tem seus pontos
negativos. Quase 1 milhão de alunos