INDICADORES
SOCIOECONÔMICOS E CARACTERÍSTICAS DO SUBDESENVOLVIMENTO
É necessário considerar, primeiramente, que o
subdesenvolvimento é um produto histórico decorrente da ação de diversos
fatores. A literatura crítica aponta como uma das causas mais predominantes a injusta
ordem mundial e das relações entre as classes sociais. Por outro lado, aspectos
culturais e até ambientais (sem buscar uma explicação determinista) podem ser
variáveis a serem analisadas, dentro das especificidades de cada país, região,
etc.
Para compreender melhor estas relações, torna-se necessário parâmetros que permitam comparar e elencar os diversos países sob determinados critérios, bem como classificar um país especificamente ao longo do tempo, expressando de forma mais objetiva sua posição e evolução, embora ressaltando que estes parâmetros são condizentes com uma lógica capitalista.
Esses parâmetros são os indicadores, entre os
quais se destacam: os índices de analfabetismo, o produto nacional bruto per
capita, o IDH (índice de desenvolvimento humano), entre outros, definidos
conforme o interesse da análise. Destaca-se também que estes parâmetros não
estão isentos de distorção. Por exemplo: ao falar que o IDH do Brasil em 2011
foi de 0,718 (colocando o país na 84ª
posição entre 187 países avaliados pelo índice) não significa que todos os
estados tenham o índice no mesmo patamar. Regiões mais desenvolvidas como o Sul
podem ter um índice maior e regiões menos desenvolvidas um indicador menor.
Ilustrando esta distorção, o IDH paranaense
em 2010 foi de 0,820, maior que a média nacional. Por outro lado, o IDH de
Alagoas é 0,677 no mesmo ano.
Cada indicador traz seus reflexos nas
relações sociais. O analfabetismo,
por exemplo, limita o ser humano. Tal sentimento de inferioridade favorece
especialmente as classes sociais dominantes. De certa forma, toda diferença de
instrução entre os homens pode criar uma divisão entre uma massa dominada e uma
elite dominante.
Segundo o site Brasil escola e segundo pesquisas do
Ministério da Educação, no Brasil são 16 milhões de analfabetos, pessoas que
não conseguem sequer escrever um bilhete. Já os que não chegaram a concluir a
4ª série do ensino fundamental I, somam 33 milhões, concentrados em 50% no