Fronteira agrícola é o avanço da unidade de produção capitalista sobre o meio ambiente, terras cultiváveis e/ou terras de agricultura familiar. A fronteira agrícola está ligada com a necessidade de maior produção de alimentos, criação de animais sob a demanda internacional de importação destes produtos. Além disso, seu crescimento acelerado também está ligado pela ausência de políticas públicas eficazes onde a terra acaba sendo comprada barata e o controle fiscal inoperante
O Brasil possui 850 milhões de hectares em seu território. Estima-se que 350 milhões são agricultáveis. Cana-de-açúcar, e Soja ocupam em torno de 22 milhões e 8 milhões de hectares respectivamente. Já para a criação de gado, no território brasileiro cerca de 211 milhões de hectares são utilizados para a pastagem extensiva. Apesar do grande espaço a produtividade para cabeças de boi é considerada baixa, uma vez que temos poucas cabeças de boi por hectare. Para aumentar a produção de cereais e carne, agricultores e pecuaristas estendem a fronteira de suas fazendas adquirindo mais terras, a chamada fronteira agrícola.


O sensoriamento remoto no estudo do desmatamento da floresta amazônica por instituições americanas como Environmental Research Letters mostra que a soja é vetor que contribui para este aumento do espaço ocupado a sua produção. A produção de soja no Brasil vem exibindo crescimento elevado, com maior destaque após o início década de 1990. Esse crescimento conduziu o Brasil ao grupo dos maiores produtores e exportadores de soja do mundo. A forte expansão da produção ocorreu fundamentalmente com base em aumento da área plantada, tanto nas regiões tradicionais como nas “fronteiras agrícolas” do Cerrado brasileiro.
Entre as novas áreas ocupadas destaca-se também a região do “MAPITO” que reúne a primeira sílaba dos Estados que a compõem: Maranhão, Piauí, Tocantins, e quando se considera o Oeste da Bahia, conhecida como MAPITOBA, é a nova fronteira de desenvolvimento do país, a exemplo do que foi o Centro-Oeste nas últimas décadas

As áreas ocupadas nesses Estados têm algumas características essenciais para a agricultura moderna. São planas e extensas, solos potencialmente produtivos, disponibilidade de água e clima propício com dias longos e com elevada intensidade de sol. Além disso, os preços das terras nessas áreas, apesar de estarem em franca elevação, ainda são relativamente mais baixos do que os de outras regiões agrícolas do país. A limitação maior, no entanto, são as