A prioridade do governo é o populismo e não a vida ?

        Enquanto a grandiosa classe política (somente eleitos, temos em torno de 70 mil nomes, fora os indicados, assessores, ministros, secretários, etc.) terá acesso ao Fundo Eleitoral de 4,9 bilhões (entre outras regalias), o governo corta recursos públicos da Educação e da Saúde.

            Infelizmente, o fundo eleitoral criado em 2017, para suprir a ausência de doações de empresas, não é o único recurso que escoa de forma questionável pelas artérias estatais. E se não bastasse desperdícios como cartões corporativos, auxílios diversos para políticos, temos ainda uma alarmante sonegação, desvios, e gastos ineficientes e populistas.

         Por outro lado, quando o governo diz economizar, adota medidas que sufocam o povo. O Ministério da Saúde publicou, no Diário Oficial de 21 de dezembro, a Portaria GM/MS Nº 3.693 que altera a Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta portaria reduziu, pasmem, em 83%

o valor de produtos cardiovasculares vitais, como marcapassos, stents e desfibriladores.

         Segundo o Portal HospitaisBrasil, o governo vai tirar do SUS cerca de R$ 300 milhões e onerar gravemente as empresas fornecedoras de dispositivos médicos. Com os atuais custos crescentes, será impossível atender à demanda.

         E isso significa mais pessoas nas filas aguardando procedimentos ou sendo despachadas para casa, correndo risco de morrer. Ressaltando que no Brasil cerca de 400 mil pessoas vítimas de doenças cardiovasculares, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país.

https://portalhospitaisbrasil.com.br/ministerio-da-saude-reduz-
valor-pago-por-procedimentos-cardiovasculares-no-sus-em-ate-83/

       
Enfim, em um governo onde pastores ditam como o orçamento do MEC vai ser gasto, onde vacinas são questionadas em plena pandemia, não seria de estranhar que a Saúde da população fosse afetada, ao mesmo tempo em que se gasta com inaugurações de pontes, cuja viagem sai mais caro que a obra, onde surgem denúncias pela mídia de funcionários fantasmas, e onde, para não se ter corrupção, se blinda ou não se investiga.


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