Caminhada Solidária em Pinho de Baixo: uma rota pela comunidade italiana em Irati PR

No dia 06 de agosto de 2023, tive a oportunidade de participar de mais uma Caminhada. Embora seja por caminhos rurais, com direito a visitar uma pequena cachoeira, tivesse o envolvimento da comunidade local, não foi em uma rota credenciada e integrante das chamadas Caminhadas Internacionais na Natureza, com suas regras próprias e diretrizes.

Por outro lado, esta caminhada teve caráter solidário, tendo sua renda revertida em Prol da APAE de Irati. Esta é uma das diferenças em relação às caminhadas oficiais do circuito internacional. Estas são de inscrição gratuita até então. A que participamos no Pinho, teve um valor de inscrição para cobrir os custos com o café colonial servido após o evento, e a renda excedente teve caráter solidário.

Nas caminhadas internacionais, a comunidade tem seu retorno com a venda do café da manhã, do almoço, geralmente ofertando produtos típicos da localidade, entre outros itens que podem ser vendidos sob a forma de feira aos visitantes, além de que, gera-se um marketing favorável para a comunidade, que se torna mais conhecida, que expõe a imagem de seus produtos, etc.

Feitas estas considerações, podemos dizer que esta caminhada teve uma aceitação muito boa por parte do público. E isto é importante porque em Irati, até então, não existe uma rota ou caminhada credenciada ainda.

Muitas pessoas participaram do evento, demonstrando que há público com perfil para este tipo de evento. Também foi possível perceber a receptividade e organização do pessoal da comunidade, o qual já tem experiência na promoção de eventos, visto que a localidade de Pinho de Baixo tem uma rota de cicloturismo, tem cachoeiras que são muito visitadas, museu, e por ser uma comunidade de descendentes de italianos, promoviam-se festas tradicionais com a culinária e cultura típicas, já consagradas pela opinião pública.

Este contexto é favorável para que a localidade seja incluída como uma excelente e prioritária opção para o desenvolvimento de rotas oficiais de caminhada na região. E isto está entre os planos da comunidade local, de membros da ADECSUL, COMTUR, equipe do IDR – antiga EMATER, dando assessoria, empresários do setor e de outros segmentos sociais, além de grupos de Caminhantes, entre os quais incluo minha participação neste projeto.

Possivelmente em breve será estruturada uma caminhada internacional na natureza nesta localidade, credenciada, dentro das regras do IVV e da Anda Brasil (embora o Paraná esteja revendo a participação nesta federação).

Este movimento visa a promoção do desenvolvimento da comunidade, expandindo-se para o desenvolvimento da região, fomentando o turismo rural e a agricultura, sobretudo familiar, o que está em consonância com a origem dos esportes populares.

Para os caminhantes, além de ter uma motivação a mais para caminhar, o que promove a saúde e bem estar, poderão conhecer de forma mais estruturada e assistida as belezas naturais e paisagísticas da região (Terra dos Pinheiras, se levarmos em conta a regionalização turística), interagir e fazer amizades, se divertir, observar o rural para além de sua produção agrícola, conhecer a cultura, inclusive com direito ao carimbo na carteirinha, algo que motiva os caminhantes em busca de melhores posições no ranking de participações.

O trajeto da caminhada solidária foi em torno de 5 km, saindo da Igreja de São Sebastião e indo até a Cachoeira da Serraria. o Evento  reuniu entre 250 a 300 caminhantes.

Após parar no local, algumas pessoas, entre elas eu, entraram no antigo barracão. O que impressionou foi a estrutura de madeira, com vigas falquejadas, com assoalho de pranchão, o que justifica estar em pé apesar do tempo transcorrido.

Nesta visita, fomos surpreendidos pelo voo de um urubu, que saiu de dentro de um caixote utilizado como ninho. Dois ovos estavam sendo chocados.

A título de curiosidade, a espécie de urubu é a chamada “urubu de cabeça preta”. Esta ave costuma chocar, por um período de 40 a 60 dias, em torno de 2 a 3 ovos.


No retorno da caminhada pudemos nos fartar degustando um apetitoso café colonial, com pasteis de diferentes sabores, bolos, pães, frios, suco de uva, etc. Lembrando que a região conta com uma vinícola.

Desta viagem, pudemos trazer mais experiência a respeito da organização destes eventos. Foi um termômetro muito positivo para nos motivar a concretizar os planos de promover a rota oficial na localidade, e ainda pudemos contemplar as belezas naturais do lugar. Sem mencionar os benefícios de uma caminhada matinal e da interação social e amizades que estes eventos promovem.











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