Parque Ambiental da Pedreira, em Rio Azul

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Uma boa estrutura, uma bela paisagem e uma excelente opção de lazer e de descanso podem ser encontradas no Parque da Pedreira, em Rio Azul, com a vantagem da facilidade de acesso para os moradores da região. Além disso, se constitui em uma área de preservação ambiental, com valor ecológico, histórico e estético. Seria também um local mais agradável para as famílias desfrutarem do descanso e do lazer se não fosse algumas questões pontuais, que aviltam todo o investimento feito na estrutura física do parque.

Sabemos que a poluição sonora, além de seus efeitos contra o meio-ambiente (especialmente sobre a fauna do parque e adjacências) também causa incômodo a muitos frequentadores (ou frequentadores em potencial), especialmente àqueles que buscam o sossego, já que idosos e famílias também tem direito a usufruir do lugar com o mínimo de tranquilidade, segurança e conforto, dentro dos princípios de uma vida em sociedade harmoniosa e de respeito aos direitos alheios. 

Além disso, além do bom senso, o artigo 42 do Decreto Lei nº 3.688 (Lei das contravenções penais), estabelece algumas restrições no que tange a perturbação do sossego. E mais, a Lei 9605 de 1998, que trata das condutas lesivas ao meio ambiente, é farta de orientações e restrições, sobretudo no que tange às áreas de conservação ou de preservação ambiental.
Com relação aos cuidados com a questão ambiental e com relação à organização, vale citar que o Parque Ambiental “Salto da Pedreira” foi instituído no dia 03 de maio de 1999, através de legislação municipal, na qual destacam-se:

Art. 2°-Toda a área do Parque fica declarada de proteção ambiental, cabendo ao Chefe do Executivo Municipal tomar todas as providências visando a proteção da fauna e flora existentes, a manutenção e organização (RIO AZUL, 1999).

Após a instituição da referida lei, o parque passa a ser destinado a visitações. Nesse sentido, é interessante o que expressa o artigo. 3º da lei:

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“Fica a área do Parque destinada à visitação geral de turistas, banhistas, educadores, esportistas, ambientalistas e toda e qualquer pessoa que se comprometa em zelar e preservar o meio ambiente” (RIO AZUL, 1999).

Obviamente, a vida em sociedade nos obriga algumas concessões. Nesse caso, poderia ter um espaço reservado para os carros com som e outro para aqueles que querem usufruir do parque de maneira de mais tranquila e porque não, segura, simplesmente descansando, praticando um esporte, fazendo um churrasco, enfim, aproveitando os diversos outros atrativos do parque além do estacionamento para "disputa" de som automotivo. (Sugestão veiculada nesse blog no início de 2014 e aparentemente realizada em 2015 no Parque da Pedreira).

Mas este é um problema secundário de fácil solução, ou no mínimo, perfeitamente tolerável.
Uma situação que acredito requerer maior atenção dos gestores do parque é o
trânsito de veículos em velocidades incompatíveis com a segurança dos usuários do parque, em locais de maior tráfego de pessoas (idosos, crianças, e frequentadores em geral). Atenção que também deve ser dada aos condutores que circulam em desrespeito às leis e à segurança, que acham que o parque é lugar para fazer manobras bruscas com seus veículos.

Uma análise geográfica a respeito da criação do Parque Ambiental “Salto da Pedreira”, apontando os antecedentes históricos da área , a ocupação desorganizada e voltada à exploração dos recursos naturais disponíveis, desprovida de planejamento, pode ser encontrado no trabalho “Parque Ambiental “Salto da Pedreira” no município de Rio Azul-PR: uma alternativa para a recuperação de áreas degradadas, de  Aparecido Ribeiro Andrade, Rodrigo Carlos Primon,  Eli José Cabral da Silva e Almir Nabozny, o qual evidencia ainda que através de relatos de moradores da região e da observação “in loco” foi possível concluir que a criação do parque ambiental propiciou uma melhora das condições paisagísticas do local, sobretudo com relação à poluição visual. 

Entretanto, apesar da melhora nas condições ambientais, ainda é cedo para concluir que tal iniciativa foi totalmente eficaz na recuperação de uma área degradada, principalmente porque os atributos da natureza (solo, água, vegetação) não possuem capacidade de recuperação imediata.

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