Programa Parceiros da Escola: a mercantilização do ensino público no Paraná

O Programa Parceiros da Escola, implantado pelo governo Ratinho Júnior no Paraná, é uma demonstração clara da política neoliberal que guia sua administração. Ao transferir recursos públicos para o setor privado, essa iniciativa não só desrespeita princípios constitucionais como também enfraquece a educação pública, transformando-a em mercadoria. 

Em um contexto maior,  trata-se de um (ou mais um) desmonte do Estado social, com duras consequências para a sociedade.

Por trás de iniciativas como o Programa Parceiros da Escola está um projeto deliberado de enfraquecimento do Estado social, conduzido por grupos que veem nos serviços públicos uma oportunidade de lucro. Pierre Bourdieu, em A Miséria do Mundo (1993), alerta para o uso de discursos tecnocráticos e modernizantes para justificar a transferência de responsabilidades do Estado para o setor privado, criando uma falsa sensação de eficiência enquanto, na prática, aprofunda a precarização dos serviços.


No modelo proposto, o mesmo valor que o Estado poderia destinar diretamente às escolas públicas será entregue

Incentivos à redução dos resíduos urbanos

Resíduos Urbanos: problema social

      Entre os diversos problemas ambientais que assolam as cidades e trazem consequências sociais, econômicas e na qualidade de vida da população, estão os relacionados à gestão dos resíduos, ou do lixo, de modo geral.

Fonte: https://www.iped.com.br/materias/
ambiental/gestor-residuos.html
Na maioria das cidades, além de exigir espaço adequado para a correta e segura deposição de tanto materiais, o lixo, em todo seu ciclo de vida, gera despesas financeiras, além do custo social e ambiental nem sempre passível de mensuração econômica objetiva.

Embora necessário, abrir novos espaços para acomodar o lixo produzido é simplesmente um dispêndio de recursos para atenuar ou resolver as consequências de um problema, mas não ameniza, tampouco ataca as causas .

O fato é que o problema da excessiva geração de resíduos decorre do vigente modelo de produção e consumo. E quem alimenta esse modelo é o consumidor, baseado em suas escolhas e em seus hábitos. Ou seja, é a própria

O equilíbrio dinâmico como caminho do meio

Está na Bíblia: “assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca”. Apocalipse, 3:16.

Ou seja, trata-se de uma máxima, cuja uma das possíveis interpretações permite inferir que devemos nos posicionar, sair de cima do muro, agir, tomar partido. Porém, podemos ser bons ou maus, tomar partido pelo lado da ética, da responsabilidade, do respeito, da caridade e dos demais valores socialmente valorizados, ou ao contrário, podemos nos posicionar pelo lado do egoísmo, do benefício próprio a qualquer custo, da esperteza, podemos ser maus.

Será que religiosamente falando (e a religião reflete valores morais e sociais, e vice-versa), ser bom ou ser mau (quente ou frio) tem o mesmo peso qualitativo? Tomar uma posição extremista seria mais valorosa que buscar a conciliação, a razoabilidade, o meio termo morno?

Sidarta, o Buda, traz este ensinamento. Para ele, o controle exorbitante e excessivo é tão ruim e ineficaz em termos espirituais quanto a excessiva licenciosidade.

Não é o objetivo fazer uma interpretação religiosa de um versículo bíblico, o qual demanda profundos estudos contextuais, históricos, teológicos, linguísticos, semânticos, etc. Mas usar esta frase como ponto de partida para (clique para continuar)

O Distorcido Papel Atribuído às Escolas Atualmente

As escolas desempenham um papel fundamental na formação dos indivíduos e na construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida social, cultural e economicamente. 

https://escolajosevitorino.blogspot.com
/2016/02/qual-minha-funcao-dentro-
da-minha-escola.html
Este papel é respaldado por diversas legislações e orientações pedagógicas, como a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que reforçam a importância da Educação Escolar  no desenvolvimento pleno dos cidadãos. Porém, nestes dispositivos, fica explícito que Educação e Ensino não são sinônimo, sendo a primeira muito mais ampla e desenvolvida não apenas no espaço escolar, mas em uma série de instituições ou lugares nos quais as relações sociais se desenvolvem.

Educação e Contexto Social e Familiar

A Constituição Federal, em seu artigo 205, estabelece que "a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade". 

A LDB, já em seu artigo 1º cita que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais... Esses dispositivos legais deixam claro que a educação é um processo compartilhado entre escola, família e sociedade.

A criança passa aproximadamente quatro horas diárias na escola, enquanto as outras vinte horas são vividas em diferentes contextos, principalmente no seio familiar. Esta realidade indica que a Educação é um processo contínuo e disseminado ao longo de várias esferas da vida do indivíduo. A escola não

A consciência de classe como arma contra o desmonte do Estado social

A Educação Pública vem sofrendo ataques ideológicos há tempos, tendo como principal argumento a suposta busca pela qualidade e eficiência. 

Em outras palavras, implantando na Educação um parâmetro qualitativo do mercado e não de uma atividade biopsicossocial, cultural, antropológica, formativa, ou qualquer outro dos N possíveis conceitos sociológicos que tentam explicar área tão abrangente e importante, mas de forma alguma, a Educação pode ser limitada, contida, restringida ou explicada por parâmetros empresariais, materiais ou puramente quantitativos ou até mesmo financeiros. 

Neste contexto, o discurso vigente em nível nacional é de que a Educação e seus trabalhadores (e de certa forma, os servidores públicos em geral) são responsabilizados pelo excesso de gastos públicos com pessoal, esquecendo o peso dos cargos políticos e dos ocupantes de assentos do alto escalão dos poderes. 

Soma-se ainda que muitos atribuem a este estrato a culpa pelas deficiências pedagógicas dos alunos. Ignora-se assim, que o aprendizado é uma questão complexa. Que não basta a boa vontade do professor, mas é necessário

Parque Ambiental da Pedreira, em Rio Azul

https://www.flickr.com/photos/clau
detedorocinski/6861165190/
Uma boa estrutura, uma bela paisagem e uma excelente opção de lazer e de descanso podem ser encontradas no Parque da Pedreira, em Rio Azul, com a vantagem da facilidade de acesso para os moradores da região. Além disso, se constitui em uma área de preservação ambiental, com valor ecológico, histórico e estético. Seria também um local mais agradável para as famílias desfrutarem do descanso e do lazer se não fosse algumas questões pontuais, que aviltam todo o investimento feito na estrutura física do parque.

Sabemos que a poluição sonora, além de seus efeitos contra o meio-ambiente (especialmente sobre a fauna do parque e adjacências) também causa incômodo a muitos frequentadores (ou frequentadores em potencial), especialmente àqueles que buscam o sossego, já que idosos e famílias também tem direito a usufruir do lugar com o mínimo de tranquilidade, segurança e conforto, dentro dos princípios de uma vida em sociedade harmoniosa e de respeito aos direitos alheios. 

Além disso, além do bom senso, o artigo 42 do Decreto Lei nº 3.688 (Lei das contravenções penais), estabelece algumas restrições no que tange a perturbação do sossego. E mais, a Lei 9605 de 1998, que trata das condutas lesivas ao meio ambiente, é farta de orientações e restrições, sobretudo no que tange às áreas de conservação ou de preservação ambiental.
Com relação aos cuidados com a questão ambiental e com relação à organização, vale citar que o Parque Ambiental “Salto da Pedreira” foi

Espacialização do Sistema Financeiro e o Lucro dos Bancos

www.seebgaranhuns.com.br
Que os bancos apresentam lucros exorbitantes, todo mundo sabe. Mas poucos refletem como isso acontece e como a sociedade contribui para esta extrema lucratividade. Obviamente, isso é uma questão complexa, passando por estratégias territoriais, estratégias legais, macroeconômicas, influenciando e sendo influenciada por questões sociais, como o consumo, emprego e renda, tecnologia da informação, até pelos hábitos culturais (povo mais ou menos poupador ou mais ou menos consumidor). 

Como é impossível tratar de todo esse emaranhado conceitual em um único texto, buscar-se-á enfatizar a questão da lucratividade bancária através da captação de recursos da sociedade e seu posterior empréstimo, com a diferença da taxa de juros entre estas operações gerando simplificadamente o spread bancário.


Só para dar uma noção da lucratividade do bancos, o site Globo.com. destaca que “a soma do lucro registrado por quatro bancos brasileiros em 2013, que chegou a cerca de US$ 20,5 bilhões, é maior que o Produto Interno Bruto (PIB) estimado de 83 países no mesmo ano, segundo levantamento feito com base em dados do Fundo Monetário Internacional”.

www.spbancarios.com.br


O site da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Paraná (http://www.feebpr.org.br) também traz alguns dados, tabelados e apresentados a seguir, referentes ao ano de 2012:


Obviamente, o sistema financeiro se utiliza de muitas formas para lucrar. As estratégias são diversas, abrangendo desde a

Movimentos Sociais no Brasil: Resistência e Transformação

Os movimentos sociais no Brasil são organizações coletivas, formadas por grupos de pessoas que buscam transformar a sociedade em que vivem, articulando-se e reivindicando direitos sociais e constitucionais básicos e expressos nas leis, ou em outros casos, sugerindo leis com o fito de proteger, defender, melhorar, ou ampliar direitos ou questões socialmente relevantes, como meio ambiente, justiça social, uso e ocupação da terra, direitos trabalhistas, etc.

Genericamente falando, estes movimentos, de forma incisiva lutam por bandeiras que deveriam ser de toda sociedade, ou ao menos de grande parte da sociedade (a imensa maioria), tendo em vista que a maioria da população não é rica ou detentora do poder econômico, é trabalhadora. E mesmo afastando o viés econômico, pautas como justiça social e meio ambiente deveriam ser coletivas, já estão intrinsicamente relacionadas com a própria vida em sociedade.

São ainda um ponto de resistência contra as investidas do sistema de capitalista e suas contradições, um respaldo para grupos minoritários e para organizações sociais, especialmente tradicionais, que se opõem ao sistema arbitrário de exploração da natureza e do ser humano que visa a estritamente o lucro máximo ou a manutenção das históricas classes ou grupos dominantes.

Estes movimentos têm origem histórica em lutas sociais e políticas, como o movimento operário, movimento estudantil, movimento negro, movimento de valorização das mulheres, dito feminista, Movimento LGBT, movimento ambientalista, movimento dos sem-terra, entre outros. As pautas desses movimentos variam de acordo com a realidade social e política em que estão inseridos, mas muitos têm como reivindicações centrais a garantia de direitos básicos, como saúde, educação, moradia, emprego, acesso à terra e à água, igualdade de gênero, combate ao racismo e à homofobia, preservação do meio ambiente, entre outras.

No entanto, os movimentos sociais no Brasil frequentemente são alvo de críticas e de criminalização por parte de

O que é a era da informação ?

Muitos dizem que vivemos na era da informação, que navegamos na Terceira Onda de Tofler (que por sinal, já vê o prenúncio da uma quarta onda), ou seja, a onda da informação, que seguiu as ondas agrícola e industrial.

Autores como Malone, Drucker, Levy, entre outros, dizem que os clássicos fatores de produção estão perdendo seu status para o capital intelectual e para a informação.

Mas no campo empresarial, especificamente, como pode ser descrita a informação ?

A informação pode ser entendida como um dos recursos dos quais a empresa dispõe e utiliza (ou necessita) para a consecução de seus objetivos. De forma genérica, informar significa comunicar algo a alguém.

Existe uma clássica distinção entre dados e informações. Oliveira (1993, p.34) define dado como sendo “qualquer elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de determinado fato ou situação.”

A informação, por sua vez, é mais estruturada. É definida como sendo “o dado trabalhado que permite ao executivo tomar decisões” (OLIVEIRA, 1993. p.34)

Cassarro (2003, p.35) corrobora afirmando que

Crise do Café e Industrialização Brasileira

O texto a seguir traz uma explanação a respeito do processo de industrialização brasileira, com aprofundamento dos conteúdos condizentes com as especificidades de uma aula (50 minutos) para o 7º ano do ensino fundamental.

Vemos que o processo de industrialização mantém relação com as temáticas vistas anteriormente pelos alunos, (como movimentos migratórios e meio rural) podendo ser retomado em suas relações com o espaço rural.

Como estudado anteriormente, a industrialização influenciou o êxodo rural, a mecanização das atividades agrícolas, etc. refletindo nos movimentos migratórios, na dinâmica das paisagens etc.

Considera-se ainda o fato de que rural e urbano não são espaços estanques ou isolados entre si, mas interdependentes. Como podemos ver na imagem 02, indústrias instalam-se nas áreas rurais, e mesmo quando urbanas, processam matérias-primas oriundas deste espaço, refletindo novamente nas condições destes espaços.

Alteram também a paisagem urbana, com suas instalações e com o fluxo que exige para a garantia de suas operações, refletindo no trânsito, na urbanização (que será tratada na sequência), nas formas de ocupação do espaço (moradias, favelas, etc.) e nos fluxos de pessoas, informação e capital.














Destaca-se também que a industrialização não se refere somente a instalação de indústrias em determinado espaço, mas diz respeito a uma atividade econômica capaz de subordinar outras atividades, inclusive a agricultura, as suas demandas. Implica também em uma crescente