Em tempos de polarizações e discursos rasos, maniqueístas, ideológicos e produtivistas, o servidor público também tem se tornado alvo constante de críticas, especialmente quando se aproxima algum feriado prolongado. Mas não somente nestes casos...
Eu pago tributos (tal qual o servidor), portanto, posso criticar e exigir que esta classe de trabalhadores seja coisificada e reduzida a insumo produtivo, a elemento a constante disposição, infalível, incansável, mecânico, não humano. É o produtivismo com uma dose de rancor social, que aparenta existir às vezes. Uma confusão entre trabalhadores públicos e a elite política, talvez.
Quem sabe até seja alguma compensação psicológica ou sociológica do fato de ter se naturalizado como coletiva a visão que muitos patrões têm sobre seus empregados. Talvez até falta de consciência de classe da nossa sociedade...e aqui muitas hipóteses podem ser aventadas.
Os feriados, tidos por muitos como "privilégios" dos servidores, tornam-se o epicentro de julgamentos injustos, sem que se observe a complexidade e a relevância do descanso regular para qualquer categoria profissional, seja pública ou privada.
É comum ouvirmos frases como “servidor