Programa Parceiros da Escola: a mercantilização do ensino público no Paraná

O Programa Parceiros da Escola, implantado pelo governo Ratinho Júnior no Paraná, é uma demonstração clara da política neoliberal que guia sua administração. Ao transferir recursos públicos para o setor privado, essa iniciativa não só desrespeita princípios constitucionais como também enfraquece a educação pública, transformando-a em mercadoria. 

Em um contexto maior,  trata-se de um (ou mais um) desmonte do Estado social, com duras consequências para a sociedade.

Por trás de iniciativas como o Programa Parceiros da Escola está um projeto deliberado de enfraquecimento do Estado social, conduzido por grupos que veem nos serviços públicos uma oportunidade de lucro. Pierre Bourdieu, em A Miséria do Mundo (1993), alerta para o uso de discursos tecnocráticos e modernizantes para justificar a transferência de responsabilidades do Estado para o setor privado, criando uma falsa sensação de eficiência enquanto, na prática, aprofunda a precarização dos serviços.


No modelo proposto, o mesmo valor que o Estado poderia destinar diretamente às escolas públicas será entregue

Flexibilização no horário de funcionamento dos estabelecimentos de Irati

https://blog.swile.com.br/
flexibilidade-no-trabalho-2

Em 19 de novembro de 2024 foi para 1ª votação na Câmara de Irati, o projeto de Lei
nº 036/2024  que dispõe sobre o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, industriais e prestadores de serviços no Município de Irati, Estado do Paraná e dá outras providências.

A partir disso, a discussão se fortaleceu entre os munícipes que apoiam ou criticam a referida flexibilização. Nesta sessão, 03 vereadores votaram contrário ao projeto (Cezar, o Batatinha, Tere da Anapci e Hélio de Melo). Os demais 07 votaram favoravelmente. No dia 03/12/2024, em segunda votação, o mesmo resultado foi registrado.

Sobre a questão, creio (opinião pessoal) que a flexibilização frequentemente representa maior liberdade para os empresários, mas raramente proporciona o mesmo para os trabalhadores, que, como elo mais fraco na relação laboral, precisam ser ouvidos e representados adequadamente. 

A liberdade do empregado é aceitar a exigência patronal, nem sempre razoável, ou ter grandes chances de ser demitido, exceto se as leis tornarem a opção de demissão um pouco menos vantajosa para o lado mais forte (o tão criticado direito trabalhista). Sabemos que nem sempre funcionários têm poder de negociação para defender melhores condições de trabalho. E muitos empresários pautam suas ações sob o pressuposto de que o trabalhador é facilmente substituído. "Se não quer, tem quem queira a vaga".

O empregado depende da relação

Homenagem à escola Antonina Fillus Panka

Por  ocasião do dia do professor em 2024, a Escola Municipal Padre Wenceslau ficou incumbida, no cronograma de atividades propostas pela Secretaria de Educação, de homenagear os docentes da Escola Antonina Fillus Panka, na Vila Nova, em Irati - PR.

Fonte: Rádio Najuá
Junto às demais atividades, surgiu a ideia de compor uma poesia livre (sem rigor quanto às regras literárias), que homenageasse ao mesmo tempo a escola, a personagem histórica que a nomeia e que é um exemplo de trabalho docente, a iratiense Antonina Fillus Panka, e junto, reconhecer também o importante trabalho docente e saudar todos os professores.

O texto foi elaborado por Haroldo J Andrade Mathias, com base nas informações da reportagem "Nova escola Antonina Fillus Panka é inaugurada em Irati" do Portal Irati (www.portalirati.com.br)


Homenagem à escola Antonina Fillus Panka


Em Irati, uma luz se levanta 

Antonina, uma história a exaltar

Um exemplo que inspira e encanta

O mito da sustentabilidade dos carros elétricos

Nos últimos anos, o carro elétrico tem sido amplamente apresentado como uma alternativa sustentável aos veículos abastecidos com combustíveis fósseis. Essa visão é reforçada por uma série de campanhas de marketing que destacam os benefícios ambientais dos carros elétricos, principalmente em termos de redução de emissões de poluentes. Ganha destaque ainda em época de elevação no preço do petróleo, por exemplo.

Contudo, ao analisarmos essa questão sob a viés da sustentabilidade e dos impactos socioambientais, é necessário ponderar sobre os verdadeiros impactos dessa tecnologia, benefícios e desvantagens ou lacunas, revelando que a sustentabilidade dos carros elétricos é, em muitos aspectos, um mito. Ou na melhor das hipóteses, supervalorizada.

É inegável que os carros elétricos não utilizam combustíveis fósseis diretamente, o que os torna uma opção menos poluente em termos de emissão de gases do efeito estufa ou com outros potenciais poluentes. Porém, esse argumento perde parte de sua força ao considerarmos a fonte da energia elétrica que alimenta esses veículos. 

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/matriz-energetica-brasileira.htm


No Brasil, por exemplo, a matriz energética é predominantemente hidrelétrica, representando cerca de 60% da produção de eletricidade do país. Embora considerada limpa, a geração de energia hidrelétrica está longe de ser

Desigualdades urbanas: a alocação de recursos públicos e a sonegação empresarial (com base em Milton Santos)

A análise da cidade e suas dinâmicas sociais e espaciais tem sido um foco crucial de discussão entre renomados geógrafos e sociólogos. Milton Santos é um dos autores que oferece perspectivas profundas sobre o tema, abordando a desigualdade, os espaços de exclusão e de resistência no urbano brasileiro.

Milton Santos foi um geógrafo, amplamente reconhecido por suas contribuições na Geografia Urbana. Sua obra é caracterizada por uma análise crítica da cidade e da espacialidade, refletindo sobre as desigualdades sociais e econômicas que se manifestam no espaço urbano, que para ele, não é somente o lócus onde ocorrem tais fenômenos, mas percebe o espaço geográfico como produto das relações sociais e econômicas.

Milton Santos destaca a desigualdade como um dos pilares na compreensão da cidade. Em sua

A avaliação da qualidade do serviço público sob a ótica da iniciativa privada distorce a responsabilidade da classe política

A recorrente e rasa comparação entre os setores público e privado, muitas vezes, ignora as peculiaridades intrínsecas que distinguem estas duas esferas.

Enquanto as empresas privadas têm como objetivo principal a obtenção de lucro, as entidades públicas devem estar comprometidas com o atendimento das necessidades sociais, baseando-se no supra princípio da supremacia do interesse público. Este contraste afeta profundamente todas as relações institucionais. Um exemplo claro é a forma de contratação de pessoal, onde o concurso público é a ferramenta que visa garantir a isonomia e a justiça no acesso, evitando práticas como o apadrinhamento e as perseguições políticas. É o meio mais objetivo e transparente de acesso ao trabalho.

As empresas privadas operam em um ambiente onde tudo o que não é explicitamente proibido é permitido. Esta flexibilidade permite que elas inovem, arrisquem e até mesmo em alguns casos, cometam deslizes como a sonegação fiscal, buscando maximizar seus lucros. Dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) apontam que a sonegação empresarial é maior que os orçamentos da Saúde e Educação somados.

Em contrapartida, as instituições públicas estão estritamente limitadas àquilo que a lei autoriza, seguindo procedimentos muitas vezes morosos, é verdade, mas necessários para garantir

O Distorcido Papel Atribuído às Escolas Atualmente

As escolas desempenham um papel fundamental na formação dos indivíduos e na construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida social, cultural e economicamente. 

https://escolajosevitorino.blogspot.com
/2016/02/qual-minha-funcao-dentro-
da-minha-escola.html
Este papel é respaldado por diversas legislações e orientações pedagógicas, como a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que reforçam a importância da Educação Escolar  no desenvolvimento pleno dos cidadãos. Porém, nestes dispositivos, fica explícito que Educação e Ensino não são sinônimo, sendo a primeira muito mais ampla e desenvolvida não apenas no espaço escolar, mas em uma série de instituições ou lugares nos quais as relações sociais se desenvolvem.

Educação e Contexto Social e Familiar

A Constituição Federal, em seu artigo 205, estabelece que "a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade". 

A LDB, já em seu artigo 1º cita que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais... Esses dispositivos legais deixam claro que a educação é um processo compartilhado entre escola, família e sociedade.

A criança passa aproximadamente quatro horas diárias na escola, enquanto as outras vinte horas são vividas em diferentes contextos, principalmente no seio familiar. Esta realidade indica que a Educação é um processo contínuo e disseminado ao longo de várias esferas da vida do indivíduo. A escola não

Uma jornada pelos caminhos de Irati: história, cultura e homenagem através dos nomes das ruas

Ao ler o livro Historicidade, de Dagoberto Waydzik, o qual traz interessantes histórias e relatos sobre os bairros de Irati, senti-me motivado a condensar em uma postagem uma curiosidade a respeito da denominação temática das ruas de alguns destes lugares.

O presente texto não tem caráter reflexivo ou dissertativo, mas puramente informacional e de curiosidade. Até porque, não poderia deixar de mencionar que para  quem tiver o interesse de maiores detalhes, a obra inspiradora supracitada aborda aspectos históricos da formação do município e de seus bairros, cita os primeiros moradores e desbravadores, as ações empreendedores e as políticas públicas que transformaram o espaço geográfico do município, forjaram sua cultura, sua estrutura e solidificaram as bases para seu posicionamento social, econômico, político e cultural da atualidade.

Recomendo esta valiosa leitura, a qual é a base para a compreensão atual de nossa cidade, um material informativo, literário, histórico, cultural, cívico e até mesmo pedagógico que necessita ser apreciado. 

A cidade de Irati - Paraná, em geral, tem as ruas de seus bairros com nome de antigos moradores do local ou de personalidades ilustres da cidade, da região ou até mesmo de relevância nacional. Justas homenagens a cidadãos que deixaram seu legado e marca na história.

Nominar ruas, além da menção honrosa, tem caráter prático. Torna muito mais fácil localizar determinado endereço por ter o condão de ser memorizado ou comentado com mais facilidade que apenas um número, como o CEP.

Alguns países, e até algumas cidades, utilizam números e letras para designar os logradouros. No Brasil, em geral, se utiliza o nome de pessoas destacadas em alguma área. A definição se dá através de Projeto de Lei, votado e aprovado na Câmara Municipal de Vereadores.

Segundo a Lei 6454 de 1977, “é proibido, em todo o território nacional, atribuir nome de pessoa viva ou que tenha se notabilizado pela defesa ou exploração de mão de obra escrava, em qualquer modalidade, a bem público, de qualquer natureza, pertencente à União ou às pessoas jurídicas da administração indireta”. Ou seja, existem regras formais e legais para tal definição.

Para além das questões conceituais, o que se busca destacar neste texto é a curiosidade de que em Irati – PR  alguns bairros têm nomes temáticos em suas ruas, como nome de flores, de árvores, de pássaros, de cidades. Vejamos a lista exemplificativa a seguir.

Bairros e suas ruas

Bairro Jardim Planalto: Fazendo jus à expressão jardim,  tem ruas com nome de flores: Rua das Funcionárias, dos Lírios, das Hortênsias, das Rosas...

Vila São João: Ruas com o nome de alguns estados brasileiros: Rua Bahia, Rua Mato Grosso, Rua Pernambuco, Rua Santa Catarina, etc. Também se destacam os nomes de figuras destacadas em Irati e região, como Luiz Fernando Anciutti Pessôa, Maria Pessôa Smolka, Pedro Anciutti, Luiz Orreda, Braulio Zarpellon, Doutor Lourival Luiz Fornazari, etc.

A consciência de classe como arma contra o desmonte do Estado social

A Educação Pública vem sofrendo ataques ideológicos há tempos, tendo como principal argumento a suposta busca pela qualidade e eficiência. 

Em outras palavras, implantando na Educação um parâmetro qualitativo do mercado e não de uma atividade biopsicossocial, cultural, antropológica, formativa, ou qualquer outro dos N possíveis conceitos sociológicos que tentam explicar área tão abrangente e importante, mas de forma alguma, a Educação pode ser limitada, contida, restringida ou explicada por parâmetros empresariais, materiais ou puramente quantitativos ou até mesmo financeiros. 

Neste contexto, o discurso vigente em nível nacional é de que a Educação e seus trabalhadores (e de certa forma, os servidores públicos em geral) são responsabilizados pelo excesso de gastos públicos com pessoal, esquecendo o peso dos cargos políticos e dos ocupantes de assentos do alto escalão dos poderes. 

Soma-se ainda que muitos atribuem a este estrato a culpa pelas deficiências pedagógicas dos alunos. Ignora-se assim, que o aprendizado é uma questão complexa. Que não basta a boa vontade do professor, mas é necessário

Movimentos Sociais no Brasil: Resistência e Transformação

Os movimentos sociais no Brasil são organizações coletivas, formadas por grupos de pessoas que buscam transformar a sociedade em que vivem, articulando-se e reivindicando direitos sociais e constitucionais básicos e expressos nas leis, ou em outros casos, sugerindo leis com o fito de proteger, defender, melhorar, ou ampliar direitos ou questões socialmente relevantes, como meio ambiente, justiça social, uso e ocupação da terra, direitos trabalhistas, etc.

Genericamente falando, estes movimentos, de forma incisiva lutam por bandeiras que deveriam ser de toda sociedade, ou ao menos de grande parte da sociedade (a imensa maioria), tendo em vista que a maioria da população não é rica ou detentora do poder econômico, é trabalhadora. E mesmo afastando o viés econômico, pautas como justiça social e meio ambiente deveriam ser coletivas, já estão intrinsicamente relacionadas com a própria vida em sociedade.

São ainda um ponto de resistência contra as investidas do sistema de capitalista e suas contradições, um respaldo para grupos minoritários e para organizações sociais, especialmente tradicionais, que se opõem ao sistema arbitrário de exploração da natureza e do ser humano que visa a estritamente o lucro máximo ou a manutenção das históricas classes ou grupos dominantes.

Estes movimentos têm origem histórica em lutas sociais e políticas, como o movimento operário, movimento estudantil, movimento negro, movimento de valorização das mulheres, dito feminista, Movimento LGBT, movimento ambientalista, movimento dos sem-terra, entre outros. As pautas desses movimentos variam de acordo com a realidade social e política em que estão inseridos, mas muitos têm como reivindicações centrais a garantia de direitos básicos, como saúde, educação, moradia, emprego, acesso à terra e à água, igualdade de gênero, combate ao racismo e à homofobia, preservação do meio ambiente, entre outras.

No entanto, os movimentos sociais no Brasil frequentemente são alvo de críticas e de criminalização por parte de

Diversidade: Um Caminho para uma Sociedade Mais Justa e Inclusiva

No palco da vida, a diversidade é a peça central que confere riqueza e profundidade à existência humana. Somos resultado de genes, identidades, famílias, culturas, habilidades e experiências diversas. Cada um de nós é único, embora teoricamente sejamos iguais.

Um paradoxo que facilmente se resolve com bom senso, com respeito e com empatia. Somos únicos em nossa individualidade, mas iguais enquanto seres humanos e enquanto sujeitos de direitos e obrigações, embora as próprias leis devam, para efetivamente promover a justiça, considerar as desigualdades e promover uma sociedade justa e inclusiva.

No entanto, essa diversidade muitas vezes é obscurecida pelas sombras da discriminação e da desigualdade, que persistem em nossa sociedade.

E a diversidade é um tema ampla e complexo, pois pode ser analisada sob diferentes perspectivas. Há a diversidade social, cuja análise revela as desigualdades socioeconômicas, derivadas do processo histórico de formação social, da formação nacional, do sistema político e econômico. Inclui-se ainda a diversidade (e a desigualdade) de raça, de gênero, religiosa, etc. 

Podemos ainda falar da

O Processo Migratório no Brasil: um resumo sob a perspectiva geográfica e econômica

A história do Brasil é marcada por um rico e complexo processo imigratório que moldou profundamente sua sociedade, cultura e economia, além dos deslocamentos internos de pessoas, a chamada migração.

Ou seja, além da entrada de um contingente enorme de pessoas de diversas nacionalidades e culturas, em diferentes épocas, com diferentes objetivos, se assentando em diferentes regiões, cada uma delas com suas características naturais, que acabaram refletindo no modo de vida, é forte ainda os reflexos dos processos migratórios internos na dinâmica populacional, econômica e sociocultural.

A migração no Brasil pode ser compreendida tanto geograficamente, considerando as diferentes regiões do país, quanto cronologicamente, relacionando as migrações aos ciclos econômicos que influenciaram esses movimentos populacionais.

Neste texto, se esboçada uma reflexão sobre estas duas dimensões, destacando os principais fluxos migratórios em cada região e sua relação com os diferentes momentos econômicos do país, e por fim, relacionando este contexto com os “resultados” econômicos e sociais principalmente.

Obviamente, serão abordados alguns fluxos migratórios históricos mais relevantes. Ao longo de toda história humana a migração foi uma constante e uma mola propulsora de inúmeras e variadas mudanças sociais, econômicas, culturais, etc. E até hoje, em maior ou menor intensidade, estes processos ocorrem em suas diferentes escalas, conforme os fatores de atração e repulsão populacional se alteram.

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Migrações nas Regiões Brasileiras

Região Norte

A região Norte do Brasil apresenta uma dinâmica migratória peculiar, caracterizada por fluxos internos e internacionais. A migração internacional na região tem sido influenciada principalmente pela

O acesso à moradia nos municípios da mesorregião sudeste paranaense

Política à parte, embora ela permeie praticamente tudo, os dados econômicos e sociais mostram que para boa parte da população, as condições de vida tiveram melhorias, com alguns avanços sociais e econômicos, como na expectativa de vida, acesso à saúde, no nível de escolarização, etc. Porém, a desigualdade social permanece enorme. E se levarmos em conta os anos próximos ao período pandêmico, tivemos retrocessos, inclusive com o retorno do país ao chamado mapa da fome.

Se buscarmos as estatísticas, veremos que nesta fase, o desemprego aumentou em níveis recordes, havendo uma retomada após a pandemia, porém, em trabalhos precários, com menor rendimento e menos direitos. Além de que, com algumas convenientes mudanças nas metodologias estatísticas passou-se a considerar desempregado somente quem busca emprego, desprezando, por exemplo, os desalentados, ou seja, aqueles que desistiram da busca.


Figura 01 - Taxa de desemprego – anos de Jan/2012 a Jan/2023

Sem considerar ainda o grande número de empreendedores por necessidade ( a análise da alta taxa de mortalidade destes pequenos negócios e a informalidade daria um capítulo a parte), além dos chamados “autônomos” cujo renda do trabalho é variável, e muitas vezes incerta, sendo que muitos deles sequer contam a cobertura previdenciária.

Da mesma forma, as estatísticas em geral apontam que

A Pressa na sociedade atual: Uma reflexão sobre a ansiedade e a ditadura do tempo em nossa qualidade de vida

Não precisamos de muito esforço, ou melhor, de muito tempo de observação, para percebermos que a pressa é uma característica quase onipresente que permeia diversas esferas da vida humana e está presente em praticamente todos os comportamentos da nossa vida profissional e pessoal.

https://lurdinhabatista.com
.br/a-pressa-e-inimiga-
da-perfeicao/
A sociedade moderna, impulsionada pelo avanço tecnológico e pela busca incessante por eficiência, está cada vez mais imersa em um ciclo frenético de atividades, onde o tempo tornou-se um recurso escasso e valioso. Não é à toa, que já em 1748, basicamente no início da Revolução Industrial, a frase tempo é dinheiro foi proferida supostamente por Benjamin Flanklin e se tornou uma máxima, especialmente na esfera corporativa.

Obviamente, tempo não é dinheiro. O tempo tem um valor intrinsicamente relacionado com a vida humana, sendo, portanto, muito mais valioso, imensurável em termos monetários, e irrecuperável. Podemos dizer que no contexto de nossa existência, tempo é vida.

Paradoxalmente, enquanto as facilidades tecnológicas proporcionam supostas economias de tempo, nos liberando para "outras atividades", observa-se uma tendência preocupante de perda de detalhes, consequentemente gerando (se é possível estabelecer esta relação de causa e efeito) ansiedade e uma espécie de ditadura imposta pelo relógio.

Na chamada ditadura do relógio, que nos remete ao contexto produtivo, com os apitos das fábricas ditando a hora de levantar, de iniciar a jornada, de descansar e de voltar para a casa, a situação tinha limites mais precisos. Hoje, podemos dizer que estamos além da ditadura do relógio, pois não se tem mais

Caminhada em Papanduva de Baixo - Circuito Salto Jacutinga (Prudentópolis PR)

No domingo, dia 17/03/2024, a equipe Bota pra Andar participou da 5º Caminhada na Natureza realizada na comunidade de Papanduva de Baixo, área rural de Prudentópolis, no chamado circuito Salto Jacutinga, sendo esta a 5ª Edição do Evento.

Destacando que os circuitos de Caminhadas na Natureza, no Paraná, tiveram seu pontapé em 2007 e se constituem de eventos de esportes populares de natureza não competitiva.

O objetivo é promover a geração de renda e o fortalecimento do turismo rural nas propriedades da agricultura familiar, assim como estimular a prática do lazer ativo em meio a natureza.

Normalmente ocorrem através de uma ação articulada entre prefeituras, IDR (antiga Emater) e a plataforma Ecobooking. Porém, o protagonismo sempre é da comunidade promotora, tendo como foco os caminhantes.

Detalhe que caminhamos com chuva, barro, mas com muita alegria e disposição. Tudo se tornou uma aventura a parte.

A receptividade e a simpatia da equipe promotora, bem como a organização do evento, também foram fatores importantes na qualidade geral do evento, no qual, sem dúvida, nos faremos presentes na próxima edição.

Vivemos a era do declínio das bibliotecas (e da leitura) ?

As bibliotecas públicas, uma vez santuários do conhecimento e da cultura, agora enfrentam um declínio preocupante em sua relevância e principalmente na utilização.

Até mesmo em muitas escolas, estão espaços perderam sua notoriedade.

Entre 2015 e 2020, o Brasil perdeu ao menos 764 bibliotecas públicas, segundo dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), mantido pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo. Em suma, o Brasil perdeu quase 800 bibliotecas públicas em 5 anos.

A ascensão da tecnologia, especialmente a informatização e a proliferação de dispositivos eletrônicos, tem contribuído para a diminuição do número de frequentadores, enquanto os livros impressos tradicionais são deixados de lado em favor de leituras digitais e do uso excessivo de celulares.

Uma outra questão diz respeito a uma observação comportamental. As pessoas em geral, pelo contexto marcado pela pressa e urgência da atualidade, evitam textos longos, preferindo o rápido correr de telas de aplicativos como Instagram e Tiktok. Se orientam e se informam por manchetes e memes. Até mesmo as músicas sucumbiram a esta tendência.

Um levantamento realizado pela revista norte-americana Billboard comprova a tendência do mercado em

Caminhando em Rio Negro - PR: uma outra primeira vez !

Que tal sair de Irati e dirigir 200 km para caminhar de 10 a 13 em estradas rurais e trilhas e retornar dirigindo novamente 200 km para a casa ?

Bem, assim inicio o resumo da caminhada que participamos no dia 28 de Janeiro de 2024. 
Este evento particularmente merece a elaboração deste resumo porque foi a primeira caminhada do ano de 2024 que participei. Também foi a caminhada na qual completei a minha primeira carteirinha de caminhante com os 10 carimbos; e também porque foi a primeira caminhada com o grupo Bota pra Andar do qual atualmente sou membro.

Com relação ao trajeto de viagem, boa parte do percurso após a chegada na área urbana da cidade de Rio Negro - PR se deu em estradas rurais (em torno de 20 km). O que é um desafio a mais para participar destes eventos, pois nem sempre as estradas são devidamente conservadas e exigem cuidado ao dirigir para evitar problemas mecânicos, pneus cortados ou mesmo errar o destino, pois em alguns locais não há sinal de celular ou de GPS e nem sempre contamos com placas indicativas.

Este é um ponto que considero de atenção