Atividade industrial e a socialização dos problemas da poluição atmosférica

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É indubitável que as empresas geram benefícios à sociedade, especialmente em termos de emprego e renda e em tributos que são direcionados, eficazmente (ou não) pela administração pública em prol da coletividade.

Entretanto, as organizações também se valem de investimentos públicos para maximizar o retorno de suas operações: elas investem onde há uma infra-estrutura adequada, mão-de-obra qualificada e preferencialmente barata (formada geralmente em instituições públicas), entre outras variáveis.

O salário pago pode ser interpretado como uma parcela do valor gerado pelos próprios funcionários (mais-valia), o que se não fosse, tornaria inviável contratá-los.

Muitas empresas lançam seus efluentes em rios, poluem a atmosfera com a emissão de suas chaminés, perturbam com o barulho de suas máquinas, etc. Enfim, as empresas, e toda a cadeia produtiva que a sustenta, trazem benefícios e desenvolvimento ao mesmo tempo em que exploram e trazem problemas. É uma espécie de corroboração à teoria de Smith que defende que a busca pelas vantagens individuais traz benefícios à coletividade. Mas tudo tem um preço.

São fatores como este que fazem com que a sociedade cada vez mais exerça controle sobre as atividades empresariais. Isso se dá através de leis, regulamentações, exigências dos consumidores, dos sindicados, de ONG's, entre outros agentes envolvidos.

Até mesmo as empresas respondem proativamente a esta demanda agindo de forma socialmente e ambientalmente responsável, se envolvendo em projetos, reduzindo suas emissões de poluentes, proporcionando melhor qualidade de vida a seus funcionários, etc. Até demonstrações e relatórios, como o Balanço Social foram desenvolvidos para gerar este acompanhamento e controle social.

Obviamente, muitas empresas usam essa prática para favorecer seu relacionamento com a sociedade e com seus clientes, melhorando sua imagem e elevando seu retorno. Como se diz popularmente: uma bela estratégia de marketing. Outras empresas, porém, não tentam harmonizar (mesmo que dentro do mínimo aceitável) seus interesses com os interesses (ou direitos) da sociedade.

Fonte: iratiense1907.blogspot.com
O que é importante destacar é que, enquanto uma pequena parcela desfruta dos lucros, a sociedade inteira contribui com a infra-estrutura necessária como também suporta os malefícios. A poluição, como exemplo de uma das externalidades produzidas, afeta a todos indistintamente. E os efeitos não se restringem à escala global onde eles são gerados.

Vejamos o caso de Irati. Segundo o site do IBGE, a qualidade do ar foi afetada por diversos fatores, inclusive queimadas. Isso afeta as condições humanas, as próprias atividades econômicas, entre outros resultados que merecem ser conferidos individualmente. (clicando aqui.)

Seria interessante que houvesse maior divulgação sobre a fiscalização ou não dos principais agentes poluidores, inclusive tranquilizando a população sobre o que traz riscos ou não ao meio ambiente e à saúde, principalmente porque, segundo o IBGE, há poucos mecanismos de controle e fiscalização da poluição.

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