A mídia e os hábitos de vida

adrianopacianotto.blogspot.com
Basta ligar a televisão que percebemos o quanto a sociedade está evoluída. E não se refere apenas à cidadania, já que hoje todos estão ligados nos direitos, pois pagam impostos. É a tal cidadania de consumo! Ou seja, você só é cidadão com direitos se pagar impostos, ou seja, se for produtivo, se consumir... 

Hoje, facilitado pelo maior acesso à informação de qualidade (aquela imparcial, profunda, crítica, sem interesse, encontrada tantos nas redes sociais, na grande mídia ou nas publicidades...tão similares que nem sei qual é qual !) as pessoas estão antenadas com a moda, com a cultura. Tem uma elevada consciência e maturidade espiritual e cósmica (que profundo!) em suas relações com o meio ambiente e com todos os seres vivos. 

Basta ilustrar que atualmente cães não tem mais donos, e sim

O Controle Social e os Justiceiros Virtuais

Constata-se que hoje, com a democratização das informações, facilitado pelo acesso à internet, pelo maior grau de escolarização da população, pelo fortalecimento do espírito cívico, a fiscalização e o controle social (clique aqui e veja o que é controle social), especialmente da gestão pública, estão cada vez mais contundentes.

Com o advento e massificação das redes sociais, por exemplo, a preocupação da sociedade com os problemas da administração da "coisa pública" se amplificaram exponencialmente. Um dos exemplos são as críticas e reclamações postadas diuturnamente no Facebook®, expondo crises e falhas, ou às vezes, meros descontentamentos subjetivos.

As postagens e comentários exigindo melhorias e fazendo cobranças, embora salutares para o aperfeiçoamento de muitas questões, beiram, em alguns casos, a uma simples oposição político-ideológica, e neste ponto, como em qualquer circunstância onde predomina o exagero ou a parcialidade, é preciso ponderar os aspectos positivos e negativos, evitando que uma ferramenta que pode ser útil para o desenvolvimento social e crescimento da eficiência e qualidade se torne um problema.

Um dos pontos nevrálgicos está em saber distinguir, entre o emaranhado de postagens, críticas, reclamações e até sugestões, aquelas que procedem, que representam uma visão mais próxima da objetividade dos fatos, daquelas que são opiniões repletas de valores, representando interesses, preconceitos ou visões de mundo contaminadas pelas ideologias e preferências pessoais.

Greve da Educação no Paraná e Protestos dos Caminhoneiros: de que lado você está ?

É interessante como existe um relativismo nas ações que envolvem interesses políticos, ou mesmo nas ações que embora não sejam diretamente relacionadas com a política, são, em maior ou menor grau, influenciadas ou cooptadas pelas questões político-partidárias. 

Um exemplo nítido é a greve dos trabalhadores da educação e a paralisação dos caminhoneiros (alguns querem classificar como lock out, desprezando as dificuldades dos caminhoneiros e vendo a paralisação como um mero movimento das grandes transportadoras... ). É curioso como os mesmos políticos que apoiam e divulgam um dos movimentos, acompanham passeatas, discursam ressaltando a importância e defendendo a bandeira de luta dos manifestantes, parecem não ter tanta empolgação para apoiar a causa do outro movimento. Embora ambos façam reivindicações importantes e sejam amplamente apoiados por toda a sociedade, a qual os políticos, teoricamente, representam.
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Podemos analisar, por exemplo, se isso deriva do fato de que alguns protestos trazem mais prejuízos sociais que outros, portanto, haveria certa coerência na atitude dos políticos em apoiar mais um dos movimentos em detrimento do outro. Afinal, nenhum político, que tanto valoriza a imagem, irá apoiar algo prejudicial ao povo que ele defende !

Mas da mesma forma que o protesto dos caminhoneiros provoca, por exemplo, uma crise de abastecimento (só a falta de combustível traz uma série de conseqüências para as atividades sócio-econômicas que dispensa aprofundar os exemplos), atrasos em entregas, podendo prejudicar o direito de ir e vir daqueles que membros da categoria que não estão dispostos a parar, a greve dos professores também tem seus pontos negativos. Quase 1 milhão de alunos