A falácia da eficiência e o retorno ao neoliberalismo privatista ?

Juntamente com as reformas políticas (da previdência e trabalhista), lançadas sob o pretexto de reduzir o déficit público e supostamente beneficiar a população, percebe-se paralelamente como política de governo, um retorno às medidas de privatização típicas da década de 90, marcada pelos governos liberais e de obediência aos ditames do “mercado” e dos grupos elitistas. A retórica se repete: cortar privilégios, melhorar a eficiência, beneficiar a população. A intenção, porém, não é difícil de perceber...

Fonte: Portal Vermelho
Independente da forma jurídica adotada, na prática, patrimônio público está sendo entregue à iniciativa privada sob o argumento de melhorar a eficiência e reduzir o inchaço estatal. Porém, o que a propaganda diz para convencer a população e os resultados concretos que o povo colherá nos próximos anos não são consoantes. Propaganda, ressalta-se, paga com recursos públicos, incoerentemente tirados da saúde, da educação, da pesquisa e desenvolvimento, etc.

Vende-se ao povo uma falsa ideia de crescimento e melhoria socieconômica, porém, o que se faz é uma velha política de enriquecimento das elites que secularmente dominam o cenário econômico e político brasileiro, marcado pela gritante desigualdade social. O pior de tudo é que se utiliza de uma estratégia que manipula a opinião pública, escondendo os reais interesses e apontando como culpados os trabalhadores, os quais na verdade, são as tradicionais vítimas de todo processo de reforma que tolhe direitos e amplia obrigações.

O objetivo, grosso modo, garantir a lucratividade de setores dominados pelas oligarquias tradicionais e compensar a incompetência dos governantes em gerir os recursos públicos disponíveis e convertê-los em utilidades à população, embora a classe governante seja hábil em utilizar-se da estrutura estatal para atender seus próprios anseios e de seus financiadores.

Entre tais medidas, uma que está recebendo pouca atenção da opinião pública e da mídia é a tentativa de entrega e de desmonte dos

Liberdade de expressão e politicamente correto: faces da mesma moeda ?

https://www.cartamaior.com.br/?/
Editoria/Educacao/Seis-respostas-sobre-
como-combater-o-Escola-
Sem-Partido/54/42694
Estamos vivendo um momento marcado pelo viés político-ideológico, de gritantes contradições e de polarização. 

Neste contexto, a questão da liberdade de expressão, por exemplo, tem sido fartamente invocada sob a alegação de defender o direito individual de opinar sobre tudo, da maneira que o indivíduo quiser, pouco importando os impactos sociais, a ética e o respeito ao outro.

Esta visão se alicerça sob uma espécie de exacerbação do individualismo egoísta, talvez uma forma de narcisismo como epidemia que ataca os valores sociais. Porém, não se resume a uma liberdade individual apenas, a um resultado da autonomia consciente do indivíduo, mas em partes, é fruto de uma manipulação estruturada por organismos ou grupos que se valem do antagonismo social. Tanto, que os mesmos que defendem a absoluta liberdade de expressão, inclusive para propalar mentiras, tentam tolher o pensamento crítico, vinculando-o a correntes ideológicas ou a doutrinação.

Enfim, a liberdade de expressão, direito fundamental expresso na Carta Magna, mas que certamente é um valor pré-constitucional (pois a própria noção de democracia se sustente nela), tem suas distorções.

A liberdade tornou-se um

Definição do Preço de Venda: Um Contraponto entre as Variáveis Teóricas e a Prática Empresarial

RESUMO:
O texto completo encontra-se na Revista Partes .Acesse clicando no link

 A formulação do preço de venda é uma atividade de vital importância para o desenvolvimento e continuidade de qualquer empresa, não bastando conhecer os custos, mas um complexo jogo de variáveis inter-relacionadas que se influenciam mutuamente. Considerando o referencial teórico e as críticas relativas ao distanciamento da teoria com a prática empresarial, buscou-se verificar empiricamente quais são os fatores que influenciam na formulação do preço de venda, com base na visão dos gestores de microempresas, constatando as poucas variáveis enfatizadas em contraposição à abrangência do referencial teórico existente. 

 1 – INTRODUÇÃO 
Para se conseguir uma eficiente formulação de preços, que supra as necessidades de recursos e que remunere o capital investido e ainda esteja de acordo com as expectativas dos clientes, o gestor deve estar atento a diversas variáveis.

 A idéia simplificadora de que o preço de venda pode ser representado pelo custo de aquisição ou produção acrescido de um percentual de lucro desejado já não encontra validade na realidade empresarial extremamente competitiva e orientada por altos padrões de eficiência e eficácia. Desse modo, o gestor deve ter uma visão holística do ambiente no qual está inserida sua organização, analisando além da estrutura de custos, variáveis estratégicas, econômicas, mercadológicas, financeiras, demográficas, etc. Podendo agir de forma pró-ativa, aproveitando as oportunidades e amenizando as ameaças. 

 A bibliografia referente a essa temática apresenta muitas variáveis que se inter-relacionam e se influenciam na formulação de preço, da mesma forma que expõe muitas técnicas que podem ser utilizadas na precificação. Por outro lado, é comum existirem críticas a respeito da distância entre a teoria e a prática, principalmente devido à heterogeneidade de pessoas que desenvolvem as mais diversas atividades empresariais. 

 Diante disso, buscou-se evidenciar quais fatores influenciam na formulação de preço de algumas das micro e pequenas empresas das cidades de Irati, Rebouças e Imbituva – PR, permitindo comparar o que a teoria apresenta e o que de fato os pesquisados vêm utilizando.

O texto na íntegra pode ser visualizado em: http://www.partes.com.br/2012/10/08/definicao-do-preco-de-venda-um-contraponto-entre-as-variaveis-teoricas-e-a-pratica-empresarial/


O bang bang da liberação das armas

https://oermodolampiao.files.wordpress.
com/2010/05/1434033-0839-atm14.jpg
Percebe-se, recentemente, uma significativa discussão, especialmente nas redes sociais, sobre a liberação do porte de armas. É um verdadeiro bang-bang de argumentos a favor ou contra. 

Embora o estatuto do desarmamento tenha algumas lacunas práticas em seu objetivo de mitigar os números da violência, a noção é lógica e intuitiva de que o oposto, ou seja, a liberação do porte de armas, além de não oferecer resultados melhores, piorará a situação.

Uma simples analogia ilustra a periculosidade que tal situação pode trazer à sociedade. No Brasil, os acidentes de trânsito, segundo o site vias seguras, considerando apenas as informações do Ministério da Saúde, revela que ocorreram em 2015 o total de 37.306 óbitos e 204.000 feridos hospitalizados, sem somar os acidentes sem vítimas ou que estas recusaram atendimento. O  Seguro DPVAT, em 2015,  realizou 42.500 indenizações por morte e 515.750 por invalidez.

Ressalta-se que para dirigir um veículo, cuja finalidade, ao contrário das armas, não é matar ou ferir,  é necessário ter a CNH - Carteira Nacional de Habilitação, o que implica passar em  testes psicotécnicos, de direção prática e de legislação. E mesmo assim, quando se analisa as causas dos acidentes, segundo o site G1, estudos da Polícia Rodoviária de São Paulo demonstram que a maioria dos acidentes acontece de dia e com a pista seca, tendo como fator preponderante a imprudência dos motoristas. 

Ou seja, a principal causa de acidentes está muito mais relacionada ao comportamento humano, imprevisível, à imprudência, ao despreparo técnico e psicológico da população, aos valores socioculturais que colocam o veículo como símbolo de status, de poder e dão a ele sinônimo e falsa segurança. Sem esquecer os efeitos do estresse do dia a dia, do consumo de álcool, entre outros fatores desencadeantes de comportamentos violentos. 

Ora, que resultados podemos esperar quando se incluiu nesta equação a possibilidade das pessoas terem acesso facilitado às armas , especialmente quando, diferente do que ocorre com o trânsito, não há impossibilidade do Estado efetivar um rígido controle do uso do armamento ? A resposta é simples: teremos às ruas pessoas despreparadas com um instrumento em mãos capaz de tirar a vida.

Outro agravante é que a existência

A prioridade do governo é o populismo e não a vida ?

        Enquanto a grandiosa classe política (somente eleitos, temos em torno de 70 mil nomes, fora os indicados, assessores, ministros, secretários, etc.) terá acesso ao Fundo Eleitoral de 4,9 bilhões (entre outras regalias), o governo corta recursos públicos da Educação e da Saúde.

            Infelizmente, o fundo eleitoral criado em 2017, para suprir a ausência de doações de empresas, não é o único recurso que escoa de forma questionável pelas artérias estatais. E se não bastasse desperdícios como cartões corporativos, auxílios diversos para políticos, temos ainda uma alarmante sonegação, desvios, e gastos ineficientes e populistas.

         Por outro lado, quando o governo diz economizar, adota medidas que sufocam o povo. O Ministério da Saúde publicou, no Diário Oficial de 21 de dezembro, a Portaria GM/MS Nº 3.693 que altera a Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do Sistema Único de Saúde (SUS). Esta portaria reduziu, pasmem, em 83%

Considerações sobre o Plano Diretor de Irati PR - 2016

Considerando que estão ocorrendo as discussões para a revisão do Plano Diretor do Município de Irati e que a Comissão de Acompanhamento está possibilitando, além das audiências públicas, formas de interação com a sociedade para receber sugestões, considero relevante a sociedade fazer valer essa oportunidade de participação oferecida. 

Se por um lado,  muitos aspectos e questões são técnicos,  por outro há uma comissão que filtra as sugestões e reflexões, além de que, é a população que vive a cidade, que absorve os impactos positivos ou negativos da organização espacial das atividades humanas, e é a população que financia as políticas públicas que influenciam grandemente na organização do espaço. 

Assim,  cito abaixo algumas reflexões sobre os pressupostos, especialmente sob a ótica demográfica e da circulação, por consistirem em pontos de interesse da Ciência Geográfica. Embora não sejam sugestões pontuais e apresentam talvez pouca exequibilidade prática, teoricamente são pressupostos relevantes não só para o Plano Diretor, mas para se planejar políticas públicas pensando especialmente na população idosa, na facilidade de circulação, na democratização do "viver a cidade" e nos reflexos socioeconômicos da espacialização urbana.


1) Aproveitamento das potencialidades do amadurecimento populacional aliado às possibilidades de turismo, serviços e comércio a este perfil de público e análise de medidas de acessibilidade e mitigação de risco principalmente para os idosos, dada a tendência de expansão desse perfil etário na demografia municipal.

Verifica-se que entre as premissas do Plano Diretor do município de Irati, a redução do crescimento vegetativo, característica que marcou a demografia dos países desenvolvidos e que agora se fortalece nos países em desenvolvimento, é apresentada como uma deficiência no Município. No entanto, pode-se também

Agricultura Comercial e Desenvolvimento Social

Se você  abasteceu seu carro hoje, agradeça à Petrobrás. Se tomou água, agradeça sua Companhia de Saneamento. Você já fez isso hoje ?

Essa leitura, de início (apenas de início, espero eu !) pode parecer sem lógica. Afinal, todos pagam, e bem, para ter a  disponibilidade desses serviços e os fornecedores auferem lucros com essa atividade.

Mas é exatamente essa ideia que me ocorreu quando vi, um dia desses, uma frase enaltecendo a atividade agrícola. Nela dizia, não me recordo se exatamente nesses termos: "Se você se alimentou hoje, agradeça a um produtor rural".

Apesar das diferenças entre a agricultura familiar e a agricultura comercial da grande propriedade, discordo da afirmação. Hoje, a atividade agrícola como qualquer outra atividade econômica, visa ao lucro. Nenhum produtor inicia uma safra se não tiver, pelo menos, a expectativa de obter algum retorno. Inclusive a própria escolha do produto a ser cultivado é orientada pela expectativa de um maior lucro e não do que a população precisa para sobreviver,  tanto que muitos agricultores, por uma questão de viabilidade e atratividade financeira, optam pelo plantio do tabaco, um gênero nada alimentício; na verdade, até nocivo, em sentido mais amplo possível. Isto porque é uma das culturas mais rentáveis quando se considera o perfil topográfico acidentado de muitas propriedades da nossa região, dificultando a mecanização, bem como o tamanho das propriedades que cultivam o fumo, via de regra, pequenas.
Entretanto, a referida frase me convidou a uma reflexão menos regionalizada e mais ampla.

No final do século XVIII, o economista inglês Thomas Malthus, analisando a população desenvolveu uma teoria que basicamente previa que a ela iria aumentar em uma proporção muito maior que a produção de alimentos necessária a sua subsistência. É a Teoria Malthusiana, convenientemente ainda utilizada em alguns discursos. Essa previsão, de certa forma não se concretizou.

Malthus não contou com os avanços tecnológicos que proporcionaram uma elevação na produção agrícola sem precedentes. Além disso, nessa época, a taxa de natalidade nos países analisados era ...

O custo dos hábitos de vida

 http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2013/10/09/
mcdonald%C2%B4s-visita-creches-e-pais-
temem-influencia-nos-habitos-alimentares/
É notória atualmente a preocupação das pessoas com a saúde e com a qualidade de vida. Muitos tentam reduzir o sedentarismo, deixam o carro em casa e trilham seus caminhos a pé, de bicicleta; tentam incluir alimentos ditos naturais em suas dietas, tentam construir uma rotina saudável.

Vivemos um momento de certa forma marcado por uma quebra de paradigmas. Afinal, a mídia e muitas pesquisas de saúde (financiadas por alguém, inclusive pela indústria alimentícia e farmacêutica) nos alertam que se nada for feito, os casos de

Bolsa-Família e desenvolvimento social: dados regionais exemplificativos

Os dados apresentados nesta postagem, obtidos no Portal da Transparência, (clique aqui para acessá-lo sem qualquer distorção gráfica de apresentação e sem risco de erros de transcrição) expressam, entre outros dados, os recursos repassados aos municípios pelo Governo Federal para atender ao Programa Bolsa-Família, política social de transferência de renda e de desenvolvimento humano, social e econômico, muito politizada e polemizada no Brasil.

Ressalta-se que os Portais da Transparência, via de regra, deixam a desejar em