Os efeitos desastrosos dos líderes da negação: evidências da crise do COVID-19 no Brasil

 

Justamente pela leitura deste blog ser feita por um público limitado, via de regra amigos e colegas da época acadêmica e eventualmente algum leitor aleatório que segue link ou faz busca de algum termo tratado, acho relevante tentar popularizar um artigo de cunho acadêmico / científico, de pesquisadores de 3 renomadas instituições. Sandro Cabral, do Insper Institute of Education and Research; Nobuiuki C. Ito do Ibmec São Paulo e de  Leandro S. Pongeluppe da  University of Toronto, Canada que tratam dos impactos do negacionismo e da visão anticientífica do Presidente do Brasil na condução do enfrentamento à pandemia. É uma forma de demonstrar que muitas críticas não são derivadas de oposição partidária ou ideológica, de que nem todos que discordam do contexto atual são "comunistas" ou militantes, mas sim, que há evidências que comprovam a inépcia de Bolsonaro.

O artigo original está em inglês, disponível aqui, para quem quiser vê-lo na íntegra. Segue abaixo a tradução do Resumo. Em vermelho, alguns comentários do autor do blog que acho relevante mencionar.

A pandemia de COVID-19 mostrou o papel crítico dos líderes políticos em influenciar o comportamento social. (Alguns líderes mundiais estimularam os cuidados, seguiram as determinações da Ciência e dos órgãos técnicos. Outros, apesar de resistentes, no decorrer da pandemia cederam aos fatos e mudaram de postura. Infelizmente no Brasil, o negacionismo se manteve apesar de sermos um dos países com mais caso de mortes).  Os Líderes da negação contribuíram para resultados diferentes em relação à transmissão do vírus.

O Sr. Jair Bolsonaro é o arquétipo de um líder em negação. O atual presidente do Brasil fez uma sequência de discursos para televisão e rádio minimizando a gravidade da pandemia COVID-19. (Destaca-se ainda que o impacto do negacionismo não ficou restrito à mídia tradicional, mas as redes sociais, baseadas em memes, fakenews, impulsionamento pago, e pela militância orientada mais pela paixão ideológica do que pela razão, foi a mola propulsora de informações enviesadas, da resistência às medidas restritivas e uma grande câmara de eco da negação)

O conteúdo das comunicações do Sr. Bolsonaro minimizou os efeitos da doença (gripezinha) desconsiderou a importância do distanciamento social (além de frases absurdas, como “todo mundo vai morrer um dia, chega de mimimi, distanciamento é coisa de maricas, o governo ainda utilizou-se de campanhas, como por exemplo, “o Brasil não pode parar” ) e estimulou a adoção de tratamentos sem comprovação científica de eficácia. (E aqui entra a insistência por mais de um ano na utilização da cloroquina, de vermífugos, entre outros já descartados pela Ciência em todo mundo, sendo o Brasil o único país que ainda insiste em soluções miraculosas. Sem pesar ainda o fato que veio à tona na CPI da Covid sugestões de (pasmem) alterar a bula de um medicamento por decreto, pouco importando se ele é eficaz ou seguro para tal finalidade).

A análise dos autores revela diferentes respostas da população aos discursos do Sr. Bolsonaro. Municípios nos quais o Sr. Bolsonaro recebeu a maioria dos votos nas eleições presidenciais de 2018 são mais afetados pelos casos COVID-19 e mortes relacionadas. Este artigo associa a atitude negativista da liderança nacional com o comportamento mais arriscado de seus apoiadores, levando a resultados desastrosos em termos de vidas perdidas.

Trazendo à luz outro artigo científico, desta vez da renomada Revista Science, denominado “Padrãoespaço-temporal da disseminação da COVID no Brasil”, os autores destacam que “o Brasil é o único país que, com população superior a 100 milhões, possui um sistema de saúde universal, integral e gratuito. Ao longo de três décadas, esse sistema contribuiu para reduzir as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde e resultados”. Infelizmente, além das tentativas de cunho neoliberal de privatizar quase todos os serviços públicos, deixando a população mais carente à mercê do acaso, houve cortes orçamentários nos recursos destinados à Saúde (em troca de ampliação das emendas parlamentares). Falhas como esta também contribuem para o casos em que vivemos e obviamente, são derivadas da inépcia do Chefe do Executivo na condução política.

Castro, Kim, Barberia,entre outros autores deste segundo artigo ainda destacam que no Brasil, a resposta federal foi uma combinação perigosa de inação e irregularidades. Sem uma estratégia nacional coordenada, as respostas locais variaram em forma, intensidade, duração e horários de início e fim, até certo ponto associadas a alinhamentos políticos.

Os autores concluem entre outras causas, que o Brasil tem disparidades em quantidade e qualidade de recursos de e de renda que refletem no agravamento da crise. Que o alinhamento político entre governadores e presidente teve um papel no momento e na intensidade das medidas de distanciamento e a polarização politizou a pandemia com consequências para a adesão às ações de controle, enquanto as cidades impuseram e relaxaram medidas em diferentes momentos, sem apoio ou coordenação federal, com base em critérios distintos, facilitando a propagação dos casos.


Abaixo, vídeo da propaganda governamental citada.


Charges: 
https://portalpiracicabahoje.com.br/charge/charge-erasmo-spadotto-negacionistas/
https://jornalistaslivres.org/nao-e-negacionismo-cientifico-e-pior/

Estado, Circulação e Logística: Uma abordagem baseada no transporte da soja no Brasil

RESUMO 

Texto na íntegra disponível na Revista Partes


O presente texto versa sobre a infraestrutura de transportes no Brasil, enfatizando o modal rodo-ferroviário. Destaca os reflexos históricos das políticas públicas adotadas, a expansão das fronteiras agrícolas e o processo de industrialização, exemplificando estas relações sob a perspectiva do escoamento da safra de soja, um dos principais produtos agrícolas movimentados. Aponta o papel do Estado como responsável pela atual conjuntura (histórica), bem como pelas possibilidades de melhoria do sistema infraestrutural, da organização do espaço e das relações socioeconômicas.


1 - INTRODUÇÃO

Considerando que os transportes e a logística se constituem em um instrumento capaz de impulsionar ou prejudicar o desenvolvimento de determinado local ou região, torna-se fundamental dispensar atenção a esta variável, tanto pelas organizações (para a reprodução do capital) quanto pelo Estado, responsável por prover a infraestrutura necessária para obter resultados satisfatórios em sua política comercial, refletindo em seus indicadores econômicos quanto para incentivar ou equalizar o desenvolvimento (ou amplificar as diferenças?) regional, econômico, social, etc.

Aduzem Oliveira e Silva (2007, p.06) que não se pode conceber o desenvolvimento econômico e social de um país com sistemas de logística deficientes. Além disso, a facilidade de circulação é indispensável “para os setores privado e público, como também serve para o desenvolvimento das atividades econômicas, além de aumentar as possibilidades para a defesa nacional, a estabilidade política e a coesão social”

Barat (2007, p. 32), confirma tal assertiva ao enunciar que no “processo de globalização, a logística e o transporte passaram a atuar como fatores essenciais para uma inserção mais plena no comércio, na redução de assimetrias e na adição de valor às cadeias produtivas nacionais.”

É importante destacar que esse contexto, gerador de mudanças que ampliaram a necessidade de eficiência em todos os processos da cadeia produtiva, é fruto de mudanças mais amplas, como as inter-relações econômicas, geralmente competitivas, e as inovações tecnológicas, especialmente aquelas ligadas aos sistemas de informação, considerando que para França Junior (2004), transporte e telecomunicações constituem um par interdependente.

Embora de forma específica entre os diversos países e entre as regiões de cada país, para Boligian e Alves (2004), é inegável os reflexos que as inovações tecnológicas têm gerado nos processos produtivos, o que torna relevante extrapolar a questão logística de seus aspectos técnicos, de custo e de eficiência e entendê-la em uma perspectiva geográfica, simultaneamente como propulsora e resultante de transformações socioeconômicas que afetam a organização do espaço.

Essas transformações no processo produtivo e a necessária e decorrente busca por mercados externos, segundo Barat (2007, p. 20) alterou “os conceitos tradicionais de territorialidade.” Como conseqüência, tornou-se mais profícua a formação de redes de organizações em diversas regiões ou países, englobando atividades agrícolas, industriais, agroindustriais, de exploração de recursos naturais, comerciais, etc. sendo o transporte o elo mais importante para integrar todo esse sistema eficientemente.


2 – LOGÍSTICA NO BRASIL

Embora a logística, segundo Barat (2007, p. 20) tenha se originado nas aplicações militares, a partir da Segunda Guerra Mundial ela passou a incorporar diversas outras atividades, como: “[...] planejamento, execução de projetos e desenvolvimento técnico até as etapas de obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material.”

Pseudo criticidade: a crítica superficial a tudo e a aceitação de tudo

Atualmente se fala em "quebra de paradigmas" e se insiste na necessidade de se ter um pensamento crítico. Entretanto o que impera é a "substituição de paradigmas" e a cristalização de uma pseudo-criticidade como regra de conduta.

Embora crítica não signifique juízo, ser crítico virou tema da moda, transpassando a sociedade do meio político, filosófico, educacional até mesmo no meio religioso e pessoal. Entretanto, em toda história humana nunca houve tanta flexibilidade na aceitação de idéias e ideologias como atualmente. Trata-se, segundo certos argumentos, da aceitação da cultura do outro, da liberdade e da expressão individual, de respeitar os direitos.

Tudo é relativo, tudo é normal, ao menos na exteriorização do discurso politicamente correto, pois na prática cotidiana, parece que o antagonismo de classes nunca foi tão acirrado, ou melhor, nunca foi tão evidente e explícito. São cristão x ateus x N denominação religiosas (que prefiro dizer culturais, já que a religião é um traço formador da cultura de um povo); homens x mulheres x outras questões de gênero; brancos x negros x índios, gerando polêmicas étnicas em um país cujo povo, nas palavras de Darcy Ribeiro, era uno; esquerda x direita; capitalismo x socialismo x comunismo, como se vivêssemos na Guerra Fria, enfim...

Ora, é paradoxal sermos críticos, termos uma opinião formada sobre tudo, muitas vezes sem qualquer embasamento além do nosso interesse, ilusão ou achismo ao mesmo tempo que aceitamos o que nos é imposto como rota mais certa. Talvez, uma das consequência do excesso de informação. Informações que acompanham a volatilidade e a velocidade do meio virtual pelo qual ela circula, e que portanto, são superficiais e transitórias. Desprovidas do arcabouço fundamental para compreender as relações que geram e que ao mesmo tempo são geradas pela sociedade em suas interações e em interface com as diversas perspectivas da ação social (econômica, política, cultural, ideológica, etc.)

Um exemplo são as letras dos funks, onde em muitas delas – para não generalizar, embora desconheça alguma de qualidade – há forte apologia ao sexo e onde se imprime uma visão distorcida e maculadora da imagem feminina. E muitas mulheres defendem, e adoram ! Outro exemplo é a hipótese da descriminalização da maconha.
Fonte: sementes.bligoo.com

A criticidade parece não se impor quando se trata da cultura de massa, especialmente aquela imposta por grandes organizações, ou pelos detentores do capital, seja na forma de novelas (e suas apologias - uso de drogas, golpes, adultérios, tudo é normal, é romântico), de propagandas, enfim, do modo de vida consumista, onde tudo é imediato e descartável, onde não há valores (coisa considerada retrógrada).

Também não há uma reflexão (ou melhor, há apenas críticas, sem ação e sem correção) e uma reação sobre as tantas ações inescrupulosas da classe política. E aqui a crítica se estende à sociedade, de onde sai tal classe e de onde emana o poder delegado a ela. E quando há, é uma crítica momentânea. Uma repercussão que acompanha o coro de vozes (sendo massa útil), mas que em pouco tempo é esquecida e não reflete nas urnas. A população se indigna porque o candidato X votou a favor de tal projeto de interesses classistas, mas em dois meses, ninguém lembra sequer do projeto, muito menos de quem votou.

Outras vezes, a crítica é vazia. Uma mera repetição ou cosimento de palavras catadas aqui e ali, mas que aquele que as reproduz sequer saber se são verídica ou não. Fala-se, por exemplo, que tal prefeito gastou demais em propaganda. Mas poucos ter a disposição de verificar os orçamentos, os demonstrativos de despesas ou os portais da transparência para confirmar o fato.

A favor ou contra a redução do subsídio dos vereadores ?

portalrolandia.com.br
Com o descontentamento geral das pessoas com os políticos (para não dizer com o desencantamento com a política), é normal que surjam movimentos que questionem a relação do que eles ganham com o que eles fazem, enfim, que julguem o retorno social do custo de um político ou da estrutura política.

E assim, surgiu a moda de exigir, especialmente no atual contexto de crise e redução de gastos no qual o país se encontra, a redução do subsídio dos vereadores. Ideia relevante, pois se sabe que muitos políticos recebem valores significativos e custam caro ao erário. Mas mais que isso, além dos subsídios, eles demandam uma estrutura que gera relevantes despesas que consomem recursos advindos dos tributos e que poderiam ser direcionados para outros investimentos sociais. Além de que, muitos, na opinião popular, não cumprem seu papel com eficiência e eficácia.

Mas até que ponto reduzir o subsídio de um vereador para o valor de um salário mínimo é profícuo ? Não existem outras variáveis que precisam ser analisadas, além do aspecto econômico-financeiro ? O ponto positivo é que

Muitos impostos e pouco retorno. Onde estão os meus direitos ?

Muitos impostos e pouco retorno. Onde estão os meus direitos ?


Assista o video clicando aqui, já que os videos da Globo não podem ser veiculados no Youtube.

          
  Vivemos uma época em que o senso crítico das pessoas, parece, pontualmente, estar maior. A população está mais consciente de seus direitos, fiscaliza e cobra uma eficiente gestão dos recursos públicos, reivindica, etc. Mas quanto aos deveres e obrigações há a mesma lógica ?
            Segundo o discurso massificado, a população cumpre suas obrigações pagando impostos - e muito - por isso têm tantos direitos. Mas será que a situação é tão simples assim ?
              É óbvio que os dados revelam que o brasileiro arca com uma pesada carga tributária, prevista para 2013, como algo em torno de 35% do PIB, ou seja, de tudo que é produzido no Brasil. Por outro lado, divulga-se que o retorno é ínfimo. A saúde é precária, a educação também. Mas será que a educação é precária mesmo ? Quem faz esta afirmação se baseia em que dados para avaliar a qualidade do Ensino Público ? E quais fatores influenciam nessa suposta precariedade ?
              Será que a questão é tão simplista assim, que já virou senso comum criticar o Estado ? Será que não está se tornando "cultura nacional" apenas exigir ?
           São tantos e diversos os direitos “concedidos” que se chegou ao ponto em que se justifica exibir uma matéria em um –ou talvez em mais -  jornal nacional sobre o fato de um aeroporto estar sem ar-condicionado.
Em dezembro faz muito calor, e suar um pouco seria normal. Mas na visão dos entrevistados, é uma falta de respeito, de desconsideração fazerem isso com a população. Afinal, pagamos (impostos) por tudo isso, dizem eles. E o pior, não pediram sequer desculpas pelo “transtorno” !

Conhecimento e cidadania: Constituição Federal Interpretada

Todo poder emana do povo”. Essa frase, enaltecida em muitos discursos, tem seu lugar de destaque na Constituição Federal. Mas ela ela tem continuidade: Poder que o povo “exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”. E nem sempre o termo "diretamente" é enfatizado. Talvez porque ao dizer que o poder emana do povo e encerrar a questão, não se corre o risco do povo querer de fato exercê-lo. Querer de fato participar da construção de todas as relações sociais, políticas, econômicas, etc. que se refletem em seu cotidiano. 

Mas a é dúvida é: o povo está preparado para tal empreitada ? O povo realmente sabe exercer seu poder democraticamente, de modo a obter seus direitos, sem ferir direitos alheios e sem deixar de lado suas obrigações ? 

No mesmo parágrafo do artigo 1º do texto constitucional, o fechamento se dá com a frase “nos termos desta Constituição”. Como exercer o poder, direta ou indiretamente, nos termos da Constituição, se não conhecemos a Constituição que regulamenta e sacramenta esse poder ? 

Fonte: www.romario.org
Isso comprova a necessidade de se conhecer as leis, o sistema político, as relações sociais e de poder, e sobretudo, quais são os nossos direitos e não menos importante (apesar da sociedade hoje enfatizar os direitos), as nossas obrigações.

Neste sentido, nesta postagem, compartilho, a título de informação, um link para acessar a Constituição Federal de 1988.Obviamente, muitas pessoas sabem que para obter a legislação brasileira de fonte oficial, basta acessar o site do Palácio do Planalto (www.planalto.gov.br), porém, o diferencial deste material, é que ele é atualizado e anotado pelo Supremo Tribunal Federal.

Dessa forma, o material pode ser baixado (download) ou pode ser acessado on line, opção na qual é possível consultar artigos específicos e o posicionamento do Supremo Tribunal Federal a respeito do tema.

É uma forma acessível da população conhecer e estudar, para fins de exercício da cidadania, para provas acadêmicas, para concursos, o texto legal (a lei pura), bem como a jurisprudência, além de garantir o acesso a uma lei atualizada. 

Clique aqui para acessar a Constituição Interpretada pelo STF e boa leitura.

Conclui-se, dessa forma, que na chamada Era da Informação, o exercício da cidadania se torna facilitado, anulando pretextos para que a sociedade não exerça seus direitos, como também, para que não esqueça seus deveres e os direitos dos demais. Informação que dá subsídios para que a discussão política seja profunda e coerente, indo além de palavras de efeito repetidas a exaustão, como “fora”, “fascista”, “coxinha”, “golpe”...Enfim, conhecer as leis é o primeiro passo para entender as relações, as razões e a ideologia que as originam e influenciam sua aplicação.

Deus seja louvado

O Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública nesta segunda-feira (12) em que pede que as novas cédulas de real passem a ser impressas sem a expressão "Deus seja louvado". 

O pedido, feito pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, diz que a existência da frase nas notas fere os princípios de laicidade do Estado e de liberdade religiosa.

"Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: "Alá seja louvado', "Buda seja louvado', "Salve Oxossi', "Salve Lord Ganesha', "Deus não existe'. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus", segue o texto do procurador Jefferson Aparecido Dias.

Segundo o site da Rádio Najuá de Irati, O Banco Central, consultado pela Procuradoria, emitiu um parecer jurídico em que diz que, como na cédula não há referência a uma "religião específica', é "perfeitamente lícito" que a nota mantenha a expressão. 

"O Estado, por não ser ateu, anticlerical ou antirreligioso, pode legitimamente fazer referência à existência de uma entidade superior, de uma divindade, desde que, assim agindo, não faça alusão a uma específica doutrina religiosa", diz o parecer do BC. 

O texto do BC cita ainda posicionamento do especialista Ives Gandra Martins, em que afirma que a "Constituição foi promulgada, como consta do seu preâmbulo, "sob a proteção de Deus', o que significa que o Estado que se organiza e estrutura mediante sua lei maior reconhece um fundamento metafísico anterior e superior ao direito positivo".

Acredito que quando se fala em DEUS, neste caso, não estamos necessariamente falando do DEUS dos hebreus, do DEUS cristão ou do deus de qualquer outra religião. Deus é um título, nesse caso, abrangente. Se refere a um princípio criador, superior à natureza. 

O uso corrente de Deus como a divindade dos atuais Cristãos se dá porque nos tempos do Velho Testamento, seu nome não era proferido. Tanto que os hebreus o denominavam de Adonai (Senhor), Elohim (criador), e pelo tetragrama impronunciável YHWH. É imprecisa a comparação com Alá, Oxossi, Ganesha, etc., realizada pelo procurador, pois nestes casos, o nome da divindade, específico da respectiva religião está sendo utilizado. 

Outra questão é que o Estado é laico. Mas o povo brasileiro não. Se não vivemos mais em um país preponderantemente católico, vivemos em uma país preponderantemente cristão. E as manifestações religiosas consistem em uma forma de manifestação cultural e de identidade do povo, que ultrapassa o aspecto absolutamente religioso. Exagerando um pouco, penso que se seguir a lógica desse pensamento, logo, a imagem do Cristo Redentor será retirada como a de muitos monumentos católicos de valor cultural e turístico.

Agora fica a dúvida: será que este procurador vai querer extinguir também os feriados religiosos ?


Empreendedorismo na escola

PROJETO EMPREENDEDORISMO NA ESCOLA
Ensino Médio

A educação empreendedora é um requisito fundamental largamente apontado por órgãos e por estudiosos da área sócio-econômica e humana para o desenvolvimento de qualquer país, região ou comunidade.
O empreendedorismo, em sentido amplo do termo, além de ser a melhor ferramenta contra o desemprego e importante gerador de renda, hoje é exigido em qualquer relação de trabalho (intra-empreendedorismo), seja no governo, nas empresas, nas atividades autônomas, no terceiro setor, bem como é uma atitude pessoal que coloca o indivíduo como co-responsável pelo meio em que vive.
Além do empreendedorismo, conceitualmente entendido sob a perspectiva empresarial, do mercado de trabalho, do contexto capitalista, a atitude empreendedora pode ir além desse contexto. Fala-se hoje em empreendedorismo social, atrelado às questões de sustentabilidade ambiental, bem como, nas ações solidárias de organismos, ONG,s, associações de moradores, cooperativas e demais formas de desenvolvimento comunitário.

CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO

O conceito de empreendedorismo, segundo Dolabela (1999, p. 47) apud Bastos et. al. (2005) em grande parte, devido aos diversos campos de atuação dos estudiosos que se propuseram a fazê-lo, apresenta, conforme sua finalidade, diversas caracterizações: sociológicas, psicológicas e econômicas. Segundo Dolabela (1999, p. 52), os economistas associam o empreendedor às inovações e ao seu papel no desenvolvimento econômico; os behavioristas relacionam o empreendedor a seus atributos, como a criatividade, persistência, entre outros; os engenheiros de produção vêem os empreendedores como bons
coordenadores e distribuidores de recursos; os financistas definem como empreendedor como alguém capaz de calcular riscos. Para os profissionais do Marketing, são pessoas que identificam oportunidades e se preocupam com a satisfação do consumidor.
        
           O SEBRAE (2001, p. 9), traz o conceito de que

A elevada carga tributária e o jeitinho brasileiro da sonegação de impostos

A situação irregular ou a falta de "baixa" de muitas empresas é um fator que muito contribui para as diferenças entre os dados estatísticos que tratam sobre as pequenas e microempresas no Brasil. Consultando, por exemplo, o registro de empresas com alvará de funcionamento em qualquer prefeitura, muito provavelmente se terá um número significativamente superior de empresas do que as que realmente estão em operação.

Porém, é importante destacar que a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas estabelece em seu art. 9º que as extinções ou baixas de empresas, em qualquer órgão de registro empresarial, podem ser realizadas independente da regularidade das obrigações, não cessando, entretanto a responsabilidade pelo cumprimento posterior delas.

Ou seja, mesmo havendo essa facilidade legal para a baixa das empresas, essa atitude muitas vezes não é tomada pelos empresários ou pelos responsáveis legais pelas empresas, o que ressalta senão a carência de conhecimento que tem o empresário, a sua inobservância de muitas obrigações fiscais/legais.

Isso pode gerar inúmeros problemas sócio-econômicos. E o problema não pára na falta de baixa de empresas extintas. Lahoz (2004, p.20) aponta problemas ainda mais sérios. Ele cita que no Brasil, 85% dos pequenos negócios não pagam impostos e 55% dos trabalhadores são informais, gerando uma enorme evasão fiscal. Dados mais atualizados da ANTP.ORG revelam que entre 2002 e 2011, a informalidade diminuiu de 44,4% para 39%, o que não deixa de ser significativo, entretanto. Além disso, há uma tendência de haver um percentual maior de trabalhadores informais nos trabalhos rurais e nas regiões menos industrializadas, como Norte e Nordeste.

Essa situação faz com que a carga tributária se eleve, chegando a patamares só encontrados em países ricos da Europa. Segundo Lahoz (2004, p. 24) “os tributos sobre as empresas correspondem a 23% do PIB no Brasil, ante apenas 14% nos Estados Unidos.”

Entretanto, há de se fazer um parênteses de que a alta carga tributária não pesa somente sobre as empresas. A população como um todo é onerada pelo sistemada tributário brasileiro. Isso porque, muitos dos tributos que incidem sobre as empresas, são indiretos, ou seja, a empresa recolhe dos consumidores e apenas repassa aos órgãos arrecadadores dos governos. Justamente por isso, a sonegação é um infração gravíssima não somente sob o ponto de vista legal, mas social, pois as empresas podem se apropriar de um recurso que a princípio não é delas.

A figura abaixo ilustra a carga tributária aproximada incidente em relação ao PIB no Brasil e em outros países da América Latina em 2009.

http://edivanrodrigues.blogspot.com.br/2009/05/brasil-tem-maior-carga-tributaria-do.html

A imagem seguinte apresenta a evolução da carga tributária brasileira em relação ao PIB dos anos de 2000 a 2013, contradizendo determinados discursos políticos que sugerem uma melhor eficiência dos serviços públicos. Na verdade, o que a observação sugere é que os serviços disponibilizados à população não acompanham a evolução da carga tributária nos últimos anos, demonstrando que é oneroso manter os serviços básicos, as políticas sociais, mas principalmente, o inchaço da máquina pública, privilégios para políticos e o ralo da corrupção.

www.contabeis.com.br
Além disso, é preciso evidenciar que no Brasil e em alguns países latinos, como o México, ocorre uma outra contradição. Enquanto na maioria dos países desenvolvidos a maior incidência de impostos recai sobre a renda, ou seja, quem tem maiores condições paga proporcionalmente mais, no Brasil, a maior incidência tributária se dá sobre o consumo. Neste sentido, as pessoas que tem menor renda são as que proporcionalmente são mais oneradas, pois estas tendem a consumir a totalidade de seus rendimentos, pagando impostos diretos e indiretos sobre o preço dos produtos (inclusive gêneros alimentícios, remédios, e outros itens não supérfluos).

http://www.pedromigao.com.br/ourodetolo

Segundo dados do IBPT, no Brasil, 200 bilhões de reais, por ano, são sonegados pelas empresas, sendo o INSS um dos tributos mais sonegados. Outro dados surpreendente é que há indícios de sonegação em 65% das empresas de pequeno porte, 49% nas de médio  e 27% nas de grande porte.

Ou seja, em decorrência desse problema fiscal, as empresas formais arcam com o ônus, pagando altas taxas tributárias, comprometendo seus resultados, e muitas vezes forçando o empresário a encerrar as atividades.

Infelizmente, essa pressão sobre as empresas formais estimula a sonegação, gerando um círculo vicioso. Ainda de acordo com Lahoz (2004, p.25) “uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas com mais de 50.000 empresas com até cinco funcionários mostrou que apenas 15% delas estavam em dia com o fisco.”

O quadro a seguir demonstra a taxa de informalidade no Brasil em comparação com outros países.


Essa contextualização sobre a informalidade e sonegação relaciona-se diretamente com a Contabilidade, pois não é possível gerar informações precisas, tempestivas e úteis para a tomada de decisão, se elas refletirem dados camuflados por evasão fiscal, por compras sem documentos comprobatórios, que conseqüentemente geram vendas da mesma forma, ou pior, se a Contabilidade propriamente dita sequer é feita.

Como na natureza, seres criados em ambientes inóspitos desenvolvem mecanismos de sobrevivência e adaptação. E os órgãos reguladores brasileiros, como a Secretaria da Receita Federal, por exemplo, cada vez mais fecha o cerco contra o jeitinho brasileiro. Um exemplo é o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), linkando as transações entre as empresas, possibilitando o pleno acompanhamento de suas operações.

Obviamente, mais importante que mecanismos de controle, seria a ética e a responsabilidade da sociedade. Primeiramente, cumprindo com suas obrigações legais, deixando a mentalidade quase que natural de tentar levar vantagem em tudo. Esta ética deveria se estender também aos governantes, aplicando de forma eficiente os recursos públicos (para o bem coletivo e não pessoal), evitando a necessidade de onerar a população.

Obviamente, a responsabilidade (e os efeitos) recaem na sociedade. Somos nós que devemos fiscalizar os representantes políticos, e somos nós, que ao fazer uma compra, devemos exigir nota fiscal, exigir produtos de procedência lícita, etc.

Mas convenhamos. Em uma sociedade onde a honestidade é sinônimo de ingenuidade, onde quem não encontra seus jeitos e brechas, paga caro, literalmente, por onde começar a mudar ? Seria esta uma possível resposta ?

Só a educação (para formar mão-de-obra barata) não basta !

Como em todas as vésperas de eleições, os candidatos políticos revelam suas idéias (e implicitamente suas ideologias) e suas propostas para atender aos interesses da sociedade, enquanto atendem aos seus próprios interesses, pois nenhum está isento de intenções particulares. A própria candidatura é a prova, que se torna o meio de atender alguma necessidade (de status, de poder ou meramente econômica, a mais óbvia de todas).

Entre as diversas propostas, aparece como solução para a quase totalidade dos problemas sociais e econômicos, o acesso à educação. Chama a atenção o fato de que empresários candidatos defendem esta bandeira nos seus discursos, porém na prática, as ações destes mesmos discursantes somente serão efetivadas se trouxerem benefícios adjacentes aos seus próprios interesses.

Grosso modo, se o Estado investir em educação profissionalizante para todos, haverá um excedente de mão-de-obra qualificada, muito maior que a capacidade das empresas empregarem. Este excedente de profissionais dará poder para que as empresas aumentem suas exigências por qualificação (obtendo vantagens em termos de produtividade com isso e aumentando por conseguinte a concentração do lucro e as desigualdades numa abordagem mais global) e anulará qualquer forma de pressão social por melhoria salarial ou por melhores condições de trabalho.

Ou seja, se algum empregado não alcançar os padrões sempre crescente de exigência das empresas ou se não estiver satisfeito com as condições, haverá milhares de outras pessoas ávidas por ocuparem o seu lugar
Ora, para um empresário, é conveniente propor a educação profissionalizante como panacéia. Isso atende aos seus interesses particulares. Porém, para atender aos anseios da sociedade, não basta haver mão-de-obra qualificada. É necessário que haja investimentos na geração de empregos. Para que qualificar as pessoas se não há onde elas trabalharem, principalmente em condições satisfatórias ?

A geração de empregos é a prioridade lógica para amenizar os problemas sócio-econômicos. Havendo emprego, as pessoas terão renda. Com isso, melhores condições de vida, condições materiais e intelectuais e motivação para se qualificarem. Inclusive as empresas podem qualificar seus colaboradores naquilo que for necessário e útil para a consecução de seus objetivos, explorando menos o Estado, tratado como ferramenta para a geração de vantagens favoráveis para os empresários, que por sinal, sempre reclamam da carga tributária que mantém o próprio Estado que os auxilia.

A educação, sem dúvida é importante, dada sua contribuição com a formação plena do cidadão, tornando-o crítico e responsável. Entretanto, ela não pode se resumir em um instrumento utilitarista, cujo fim está em formar mão-de-obra farta e barata para as empresas que sobrevivem da exploração do trabalhador.

Educação para formar e libertar, não para escravizar. Esta deveria ser a meta. Então, é hora de pensarmos racionalmente na hora de votarmos, e vermos quais propostas atendem aos interesses da sociedade e quais propostas atendem aos interesses particulares.

Assim, se não houver nenhum político realmente preocupado com a sociedade e isento de usar sua posição para obter vantagens para si ou para seu grupo, que saibamos ponderar e escolher aquele cujas propostas trarão vantagens para a maior parcela da sociedade, afinal, é sob esta forma de representatividade que repousa nossa democracia.

Comparativo das propostas e propagandas no segundo turno.


As eleições presidenciais de 2018, além de serem marcadas por uma suposta polarização ideológica entre esquerda x direita (conceito anacrônico, já que no sistema democrático as decisões não são impostas, e além disso, surgem diversas alianças por conveniência e para garantir interesses particulares), foram marcadas pelo grande número de candidatos. Isso dificulta ao eleitor ponderar e analisar as propostas que melhor atendem aos anseios da sociedade ou da maior parcela desta. 
https://www.diferenca.com/esquerda-e-direita-na-politica/

Mas o fato de efeito muito mais danoso que pode ficar gravado como marco deste pleito  de 2018 são as notícias falsas, os boatos e outras formas de enaltecer ou desmerecer determinado candidato, que se proliferam especialmente na internet, intencional ou ingenuamente, o que denominaram de fakenews (estrangeirismo desnecessário, mas que virou modismo). Segundo a Revista Isto é Dinheiro, checagem das falas do atual Presidente Bolsonaro, revela que em média, ele proferiu 4 mentiras por dia. 1682 mentiras em um ano !

Sendo assim, aproveitando o ensejo do segundo turno, no qual apenas dois candidatos disputaram, o que facilita a comparação das propostas, comecei a perceber que grande parte dos discursos apresentados são

Pinheiro do Paraná e a colheita do pinhão

Segundo a Agência de Notícias do Estado do Paraná, com a chegada do outono e o início da queda das temperaturas, é tradicional o consumo do pinhão na região, e é nessa época que as araucárias começam a amadurecer as pinhas para a reprodução da espécie. Por isso, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) alerta que a colheita e a comercialização do fruto somente será permitida no Estado a partir do dia 15 de abril (Para ano de 2014. Para os próximos anos, veja a data atualizada no site do IAP)

Nesse período, qualquer pessoa que for flagrada em algumas dessas situações estará sujeita a responder a processo administrativo e a processo criminal, além de receber auto de infração ambiental. A multa é de R$ 300,00 para cada 60 quilos da semente. 

Esta questão é disciplinada pela Portaria do IAP nº 059 de 24 de março de 2014, a qual considerando a necessidade de proteger as sementes de pinheiro brasileiro (Araucaria angustifolia) indispensáveis para a produção de mudas e conseqüente preservação da espécie, em face da crescente escassez de pinhões e considerando o procedimento danoso ao aproveitamento florestal das próprias sementes, através de costumes predatórios antes da efetiva maturação e que necessitam ser rigidamente disciplinados, institui os procedimentos para controle da exploração do PINHÃO e define outras providências.
 
Mas que tal conhecer um pouco mais sobre a árvore da qual o Pinhão é a semente ?

Capão de mato onde o pinheiro se levanta
E a sua taça oferece ao criador
O brinde pleno de ternura e de pureza
Frente à grandeza de tão raro explendor

Esse fragmento acima da música “capão de mato”, dos Serranos, ilustra a imponência da árvore símbolo do Paraná, o Pinheiro do Paraná.

Também conhecida como araucária (Araucaria angustifólia), é uma espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista, ocorrendo principalmente
na região Sul do Brasil, mas também sendo encontrada, em quantidade menor, no leste e sul do estado de São Paulo, sul do estado de Minas Gerais, principalmente na Serra da Mantiqueira e em pequenos trechos da Argentina e Paraguai.

Ocorre entre as latitudes de 18º e 30º sul em altitudes de 800 a 1 800 m no norte de sua distribuição, e entre 500 e 1 200 m na parte sul, em regiões de precipitação anual uniforme entre 1 250 e 2 200 mm, e de temperaturas médias anuais de 10 a 18°C (mas tolera bem temperaturas de até -5°C). Prefere solos profundos, férteis e bem drenados. Também é encontrada em capões isolados em áreas de campo.

Lembrando que na maioria dos mapas, a representação da área de abrangência da mata de araucária se refere à área "natural ou primitiva" de ocorrência do domínio morfoclimático, não correspondendo, na maioria dos casos, ao atual estágio de espacialização dos remanescentes do respectivo
domínio ou elemento, no caso, árvore araucária.

A imagem do território nacional, ocupado pela área de abrangência dos diversos domínios morfoclimáticos elucida a questão.

Outra observação pertinente é que o termo "área de ocorrência natural ou primitiva" deve ser visto com ressalva, pois a área de abrangência das diversas espécies pode variar no decorrer do tempo (especialmente geológico) e em virtudes das mudanças ambientais. Exemplificando, com relação a sua origem, o gênero Araucaria fazia parte da flora terrestre já no período Triássico e encontrou seu apogeu no Gondwana

Hoje é restrito ao Hemisfério Sul. A espécie Araucaria angustifolia se originou no início do período Jurássico, há 200 milhões de anos, e sua ocorrência primitiva diverge bastante da atual, sendo encontrados fósseis no Nordeste brasileiro, onde hoje ela não ocorre. Sua expansão para o sul é recente em termos geológicos, ocorrendo durante o Pleistoceno  e o Holoceno inicial, provável resultado de mudanças climáticas.

Segundo o site Portal do Professor, ocupando uma área original em torno de 200 mil km², a partir do século XIX foi intensamente explorada por seu alto valor econômico, dando madeira de qualidade e sementes nutritivas para o consumo humano. Hoje seu território está reduzido a uma