Caminhando em Rio Negro - PR: uma outra primeira vez !

Que tal sair de Irati e dirigir 200 km para caminhar de 10 a 13 em estradas rurais e trilhas e retornar dirigindo novamente 200 km para a casa ?

Bem, assim inicio o resumo da caminhada que participamos no dia 28 de Janeiro de 2024. 
Este evento particularmente merece a elaboração deste resumo porque foi a primeira caminhada do ano de 2024 que participei. Também foi a caminhada na qual completei a minha primeira carteirinha de caminhante com os 10 carimbos; e também porque foi a primeira caminhada com o grupo Bota pra Andar do qual atualmente sou membro.

Com relação ao trajeto de viagem, boa parte do percurso após a chegada na área urbana da cidade de Rio Negro - PR se deu em estradas rurais (em torno de 20 km). O que é um desafio a mais para participar destes eventos, pois nem sempre as estradas são devidamente conservadas e exigem cuidado ao dirigir para evitar problemas mecânicos, pneus cortados ou mesmo errar o destino, pois em alguns locais não há sinal de celular ou de GPS e nem sempre contamos com placas indicativas.

Este é um ponto que considero de atenção nesta caminhada, pois após sair da rodovia não encontramos placas que orientassem como chegar ou qual distância faltava para o local da realização do evento.

Chegando na localidade de Lajeado dos Vieiras, mais precisamente no rancho Richter, nos deparamos com uma bela paisagem e uma excelente estrutura. Havia pessoas indicando ou orientando na parte do estacionamento, o processo de check-in ou cadastramento dos caminhantes foi tranquilo, rápido e sem filas. Fomos recepcionados também pelo prefeito da cidade, o professor James Karson Valério, o qual demonstrou muita simpatia e tirou fotos com diversos caminhantes.

Nesta caminhada ao invés do crachá, o qual normalmente é carimbado durante as passagens pelos pontos de apoio, foi nos dado uma pulseirinha, não havendo necessidade de carimbo de controle nos pontos de apoio. Esta inovação tem seu lado positivo e negativo. Ao mesmo tempo que garante agilidade, elimina gargalos e reduz a necessidade de pessoas trabalhando nos ponto de apoio, pode dificultar o controle de quantas pessoas estão passando nos pontos de apoio, e assim ter uma noção, em relação ao total de caminhantes, se todos passaram, se tem pessoas perdidas ou demorando demais, despertando a atenção para verificar se pode ter ocorrido algum incidente.

Com relação aos pontos de apoio considero que foram mal distribuídos no percurso, pois no primeiro ponto havia apenas um banheiro para ambos os sexos, o que gerou filas. Da mesma forma, havia fila para abastecer as garrafinhas com água. Quem preferiu não parar, foi encontrar o segundo ponto de apoio mais ou menos no quilômetro 9 da caminhada. Nesta também dispunha de apenas um banheiro para ambos os sexos, porém a fila para a água estava menor no momento em que passamos.  Ou seja, dois pontos de apoio em um trecho de 9 km. A depender do calor ou da dificuldade do percurso, esta média pode ser considerada baixa.

Porém,  alguns metros adiante, talvez em menos de 1 km (km 10) havia o terceiro ponto de apoio. Seria interessante que estes pontos  fossem colocados a uma distância de 2,5 a 3,5 km de distância um do outro. Porém, teve um grande trecho sem ponto de parada e dois próximos um do outro.
Com relação à rota, andamos por estradas rurais e por trilhas na mata bem como por plantações de tabaco, de soja, de milho, porém não encontramos atrativos paisagísticos marcantes como cachoeiras por exemplo. O ponto de destaque foi quase no final da caminhada uma espécie de encosta que dava uma visão interessante do local de partida e de chegada.

Caminharam em torno de 400 pessoas, levamos aproximadamente 3 horas para concluir o percurso de 13 km. Um tempo relativamente rápido devido as poucas paradas. Em muitas caminhadas, nos pontos de apoio são incluídos atrativos culturais (Jeca Tatu, em Antônio Olinto), gastronômicos (Pinhão cozido em Prudentópolis - Pinheiro de Pedra) ou paisagísticos que estimulam a parada, o que não ocorreu neste evento.

Foi o unanimemente elogiado o café da manhã e o almoço servidos. O café custava em torno de R$ 15,00 e o almoço R$ 50,00 contando com farofa, arroz, saladas, carne de porco e alcatra. entre outros. A refeição foi servida no estilo buffet. 

Destaca-se que havia cerveja e refrigerante para venda, o que normalmente não ocorre nas caminhadas, pois o IDR orienta para que estes eventos sejam de promoção da agricultura familiar e de seus produtos, tendo uma abordagem voltada para a preservação ambiental, para a saúde, para a qualidade de vida, para a geração de renda para o produtor rural e exibição de seus produtos, o que não condiz com a venda de industrializados.

Outro ponto de destaque foi que haviam poucas placas orientadoras na rota de caminhada. Embora a trilha não oferecesse um grau de dificuldade considerável, a falta de sinalização e até mesmo de placas motivacionais é uma ponto negativo.

É interessante ao longo do percurso ter uma noção de quanto já foi percorrido, e ter atrativos para parar e contemplar. Algum ponto de parada para descanso, especialmente porque a faixa etária de participantes é ampla, indo de pessoas dos 7 aos 80 anos ou mais. As caminhadas são muito democráticas quanto ao perfil, e por isso, é um desafio preparar um trajeto que contemple a todos, trazendo encantos, belezas, emoção e ao mesmo tempo segurança.

Com certeza é uma das rotas que fazemos questão de retornar na próxima edição.












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